Análise de ações: o que eu preciso saber sobre o assunto?
Quando estamos dando os primeiros passos no mercado de ações, surgem as dúvidas: que papéis comprar? Quando comprar? Quando vender? É para tentar responder a esse tipo de questionamento que existe a análise de ações.
Acredite, não é uma resposta nada trivial. Se fosse fácil, todo mundo faria e ficaria rico, mas não é isso que acontece, não é? Embora a análise de ações não tenha o poder de uma bola de cristal, ela pode, sim, ajudar a ter mais acertos nas operações. Não é à toa que os grandes investidores profissionais fazem uso dessas técnicas.
Neste artigo, vamos explicar melhor do que se trata, quais tipos de análise de ações existem, quem pode fazê-las e mostrar como começar nesse mercado. Acompanhe!
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O que é análise de ações e como fazer?
A análise de ações busca investigar quais são as tendências para o preço de um determinado ativo. Quando você está investindo em ações, parte dos participantes está comprando e parte está vendendo.
Se existe mais demanda do que oferta, os preços sobem — e o contrário também é verdade, claro. Existem inúmeros fatores que podem influenciar nesses movimentos, desde questões relacionadas ao cenário global até dados relativos à gestão da empresa.
Uma linha de análise prega que é preciso avaliar todos esses fatores para conseguir projetar o valor da empresa e, assim, entender se existe espaço para a valorização das suas ações. Essa é a análise fundamentalista.
Outra linha — a análise técnica — parte do princípio de que o preço de um ativo embute tudo que é preciso saber sobre ele e entende que as cotações se movem a partir de padrões gráficos conhecidos e que se repetem. Assim, não interessa por que está subindo ou caindo, o mais importante é identificar quais são os padrões e, assim, ser capaz de traçar as tendências.
Para o investidor iniciante, existe um truque fácil para fazer essas análises? Não, infelizmente não existe atalho. Ambas são bastante complexas e requerem muito estudo.
Por que é importante contar com a análise de ações antes de investir?
Vamos pensar em qualquer decisão importante nas nossas vidas. Pense que você vai comprar uma casa. Você sai, passa em frente a uma casa bonita e fecha a compra? A maioria das pessoas não faz isso.
Nós conhecemos a casa, buscamos informações sobre a vizinhança, sobre a segurança do local, sobre os meios de transporte disponíveis, se há escolas, mercados e farmácias nas proximidades. Examinamos o imóvel, vemos as condições em que ele se encontra, como está a fiação, a parte elétrica, o telhado.
Observamos também se a documentação da casa está em dia, se não existem pendências. Por quê? Porque queremos minimizar as chances de algo dar errado e maximizar as chances de fazer um bom negócio.
Com os investimentos — e com as ações em particular —, é a mesma coisa. Vamos colocar nosso dinheiro nisso, temos que entender quais são as chances de ter lucro ou prejuízo. Não significa que nunca vamos assumir riscos, mas é preciso ter consciência de quais são os riscos. Como diz o ditado: não existe substituto para o conhecimento.
Quais são os principais tipos de análise?
Como já mencionamos acima, os principais tipos de análise usados pelos especialistas são a análise fundamentalista e a análise técnica.
A primeira busca entender qual é o real valor de uma ação e, a partir daí, observar quais estão sendo negociadas abaixo do seu preço justo e que, portanto, representariam uma oportunidade de investimento.
Para isso, analisa o balanço da companhia, quais são os investimentos previstos, como está o endividamento, como é a gestão da empresa, quais são as perspectivas para o setor em que ela se insere e como está o ambiente regulatório e legal para ela.
A partir daí, faz projeções para os resultados da empresa nos próximos anos e traz isso para valor presente. Esse número seria o valor justo da ação, ou seja, quanto ela deveria valer se todas aquelas premissas se confirmassem. Esse método chama fluxo de caixa descontado.
Já a análise técnica, como explicamos, não está preocupada com os motivos pelos quais as ações sobem ou descem, mas com o modo como elas se movimentam. Por ela, o gráfico da cotação é analisado, para entender quais são as tendências apontadas.
Isso quer dizer que temos que escolher uma ou outra e que, se uma está certa, a outra está necessariamente errada? Não, não é isso. A análise fundamentalista tem um perfil mais de longo prazo, enquanto a análise técnica busca identificar pontos de entrada e saída, ou seja, é mais voltada para operações de curto prazo.
Assim, é perfeitamente possível, por exemplo, escolher em quais ações investir usando a análise fundamentalista e definir quando comprar e vender essas ações seguindo as indicações da análise técnica.
Quem pode fazer análise de ações?
Legalmente, todo mundo pode fazer suas próprias análises. Se elas serão bem embasadas e úteis, é outra história. Para fazer recomendações de investimento em ações, no entanto, é preciso ter uma certificação própria para isso, o CNPI (Programa de Certificação Nacional), da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais).
É possível contar com a ajuda desses especialistas para tomar suas decisões de investimento sem que você mesmo tenha que passar o dia debruçado sobre análises. As melhores casas de investimento oferecem as recomendações dos seus analistas.
Além disso, também é possível investir em ações de outras formas, seja por meio de fundos de investimento em ações, seja por meio de ETFs (Exchange Traded Funds, na sigla em inglês). Trata-se de fundos de investimentos cujas cotas são negociadas em bolsa de valores, de forma similar a uma ação.
Em geral, eles reproduzem a composição de algum índice, como o Ibovespa. Assim, com uma única cota é possível aplicar em uma carteira com mais de 60 ações, o que garante diversificação e reduz riscos.
Quanto dinheiro é preciso ter para investir em ações?
Até hoje muita gente pensa que o mercado de ações é apenas para quem tem muito dinheiro, mas isso está longe de ser verdade. É possível aplicar direto na bolsa, em fundos de ações ou em ETFs com pouco dinheiro.
Na Magnetis, por exemplo, é possível investir em uma carteira que contém até mesmo ações internacionais começando com apenas R$1 mil.
Agora você já sabe como funciona a análise de ações e como ela pode ajudar a escolher seus investimentos. Lembre-se de que você pode contar com especialistas para ajudar nesse processo.
Quer saber mais sobre o assunto? Continue sua leitura e entenda como funciona uma consultoria de investimentos.