Invista agora
a evolução na edução financeira, conheça a Magnetis.

Você pode investir de um jeito melhor, e nós podemos provar.

Baixe o app!

O que é B3? Por que ela é importante para a segurança dos seus investimentos?

Quando o assunto é investimento, é comum ouvirmos falar sobre algumas instituições do mercado financeiro. Uma das principais é a B3, a bolsa de valores brasileira.

A B3 é resultante da fusão entre duas companhias muito famosas: a BM&FBovespa (ou simplesmente Bovespa) e a Cetip.

Após essa união, que aconteceu em março de 2017, a B3 passou a ser uma das maiores empresas que oferecem infraestrutura e tecnologia para o mercado financeiro em todo o mundo.

E como ela é a única empresa que oferece esse tipo de serviço no Brasil, B3 também é um sinônimo para bolsa de valores.

Por ela, passam todas as transações feitas no mercado de renda fixa e renda variável do Brasil. Assim, tanto a compra e venda de ativos quanto seu processamento e custódia (guarda) passam pelos sistemas da companhia.

Neste post, contaremos tudo que é preciso saber sobre a B3 e como ela influencia as suas aplicações. Confira!

Contents

O que é a B3?

A B3 é uma das principais instituições do nosso mercado financeiro. Com sede em São Paulo, ela também conta com representações no Rio de Janeiro, Xangai (China) e Londres (Inglaterra).

De forma simplificada, ela pode ser entendida como um grande mercado no qual acontecem negociações de títulos e ações.

Na prática, sua principal atribuição é a criação e a administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósitos e registros para diferentes classes de ativos — como ações, fundos, derivativos, moedas e commodities.

Graças à tecnologia, todas essas operações acontecem de maneira digital, bem diferente daqueles ambientes confusos e barulhentos das bolsas de valores de anos atrás. 

Além disso, seu funcionamento está sob a supervisão da CVM, a Comissão de Valores Mobiliários, que é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar a atividade do mercado de valores no Brasil. 

Somado a isso, práticas de governança corporativa alinhadas às principais instituições do mundo garantem transparência e segurança a todos os participantes da B3.

Qual é a importância da B3?

Contar com uma bolsa de valores forte é um aspecto muito importante para a economia de um país.

A atuação dessa instituição ajuda a garantir mais liquidez ao mercado e segurança aos interessados em adquirir ou vender ativos.

O ambiente seguro de negociações proporcionado pela B3 incentiva também o desenvolvimento de empresas, que podem recorrer à bolsa de valores para negociar suas ações e buscar financiamentos a fim de desenvolver seus projetos.

Dessa forma, os resultados obtidos por essas companhias são distribuídos entre seus acionistas, o que beneficia sua atuação.

No ano de 2018, quando o número de participantes da bolsa era cerca de 700 mil pessoas, a B3 foi apontada como umas das 60 marcas brasileiras mais valiosas. Tudo isso faz com que essa seja a 5ª maior bolsa em valor de mercado do mundo e a principal da América Latina.

Como foi a história até a fusão?

A Cetip e a BM&FBovespa eram duas empresas gigantes e que, por consequência, impactavam significativamente seu ramo de negócio no mercado financeiro. Antes da fusão, as duas tinham responsabilidades distintas, mas complementares.

Com a união, foi possível concentrar processos e aumentar a robustez da nova instituição frente ao mercado internacional. 

Mas como elas chegaram a esse ponto e por que decidiram se unir? Antes de tudo, é válido conhecer um pouco melhor a história de cada uma.

Cetip

Criada em 1986 com o objetivo de oferecer mais segurança às operações financeiras, a Cetip (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados) se tornou, aos poucos, uma referência para todas as instituições desse mercado.

Ela atuava principalmente no processamento de dados referentes a aplicações em títulos de renda fixa privados, títulos públicos estaduais e municipais. A instituição também tinha um importante papel no gerenciamento de dados e no registro de veículos, chamado de gravame.

BM&FBovespa

A BM&FBovespa nasceu em 2008, também a partir da fusão de duas outras companhias: a Bovespa Holding e a BM&F. Com isso, ela se tornou uma das maiores bolsas de valores em todo o mundo.

A empresa também processava aplicações de renda fixa, mas seu principal campo de atuação era o mercado de renda variável: câmbio, ações, índices, moedas, taxas e commodities (como ouro, petróleo e boi gordo).

Era função da BM&FBovespa fornecer tecnologia e infraestrutura para operações no mercado financeiro, bem como processar, liquidar e custodiar ativos financeiros, dando mais segurança para quem realiza transações no Brasil.

Por que foi escolhido o nome B3? 

O nome escolhido para a bolsa de valores após a unificação se deve à união de três palavras muito representativas iniciadas pela letra B, que são Brasil, Bolsa e Balcão.

No entanto, o Índice Bovespa — Ibovespa, principal referência do mercado brasileiro de ações, deve permanecer sem alteração.

O que é comercializado na B3?

Ao falarmos em bolsa de valores, a negociação para investir em ações é o que nos vem à mente. Atualmente, estão disponíveis para compra mais de 340 ações de diferentes empresas atuantes em diversas áreas — como Petrobrás, Embraer, Ambev, Bradesco, Itaú, BRF, Natura e Gol. Até mesmo as ações da própria B3 são comercializadas por lá, sob o nome de B3SA3.

Para que os interessados possam fazer análises e comparações de forma mais prática, essas empresas listadas na B3 são divididas de acordo com o setor em que atuam. Veja quais são os setores principais e os subsetores que os compõem:

  • bens industriais: comércio, serviço, transportes, construção e engenharia e máquinas e equipamentos;
  • comunicações: mídia, telecomunicações e telefonia fixa;
  • consumo cíclico: comércio de automóveis e motocicletas, construção civil, hotéis e restaurantes, vestuário e calçados, viagens e lazer e utilidades domésticas;
  • consumo não cíclico: agropecuária, alimentos processados, comércio e distribuição de bebidas e produtos de uso pessoal e higiene;
  • financeiro: exploração de imóveis, holdings, previdências e seguros e serviços financeiros diversos;
  • materiais básicos: madeira, papel, mineração, produtos químicos, siderurgia e metalurgia;
  • combustíveis: petróleo, gás e biocombustíveis;
  • saúde: comércio e distribuição de medicamentos, equipamentos e serviços médico-hospitalares;
  • tecnologia da informação: computadores, equipamentos, programas e serviços de TI;
  • utilidade pública: fornecimento de água, saneamento, gás e energia elétrica.

Além do mercado de ações, existem outros ativos que passaram a ser negociados pela B3 após a fusão que deu origem à bolsa. Veja quais são os principais:

  • ativos de renda fixa públicos e privados, como papéis do Tesouro Direto, Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliárias (LCA e LCI) e fundos de investimento;
  • mercados à vista, de renda variável, ouro e câmbio, incluindo a venda de ações e câmbio ouro, cujos valores são estabelecidos em pregão com base na oferta e na demanda;
  • derivativos, que são ativos cujos valores derivam de outros títulos. São negociados na B3 tanto derivativos de balcão quanto derivativos listados.

Qual é o impacto para meus investimentos?

Para a maior parte das pessoas, a criação da B3 não causa grandes impactos em seus investimentos na bolsa.

No entanto, é importante destacar que as ações da Cetip deixaram de existir. Quem possuía ações CTIP3 recebeu, por cada uma delas, papéis da antiga BM&FBovespa.

Além disso, recentemente, a B3 decidiu mudar a forma como são divulgados os dados de movimentação de estrangeiros no mercado de ações.

Desde setembro de 2019, essas informações passaram a ser integradas aos dados das ações que circulam diariamente no mercado e de ofertas públicas realizadas nele.

Como investir na B3?

Outra característica que permaneceu inalterada após a criação da B3 é o modo como fazemos nossos investimentos na bolsa de valores.

Continua sendo necessário escolher uma corretora de valores para realizar a intermediação das negociações.

Após abrir uma conta na instituição de preferência, basta transferir recursos para começar a aproveitar as oportunidades — lembrando que a escolha de uma corretora sólida e confiável é fundamental a fim de garantir sua segurança e aumentar as chances de conseguir bons resultados com seus investimentos.

Quais são os impostos e taxas para investir na B3?

Os interessados em investir na bolsa de valores também precisam considerar as taxas e impostos que essas operações envolvem. Colocar esses valores na ponta do lápis é importante para calcular corretamente os lucros e aumentar a previsibilidade em seu planejamento. Confira:

  • taxa de administração: é cobrada anualmente e tem valor proporcional ao montante e período de investimento;
  • taxa de custódia: é cobrada a cada mês pelo armazenamento de títulos e ações;
  • taxa de corretagem: a cobrança é feita pelas corretoras a cada operação de compra e venda de ativos;
  • taxa de performance: valor que deve ser pago quando determinado fundo de investimento supera a rentabilidade esperada;
  • taxa de emolumentos: é cobrado pela bolsa de valores nas operações de compra e venda de ativos.

Ter uma bolsa de valores forte, como a B3, é fundamental para que o Brasil desenvolva a sua economia, criando um cenário que atrai investimentos e favorece sua reputação junto aos grandes mercados internacionais.

Gostou de saber o que é a B3? Se quiser conhecer ainda mais sobre o mercado de ações, não deixe de conferir nosso Guia Completo sobre consultoria de investimentos!

Andressa Siqueira, CFP®

Formada em Economia pela PUC-SP, é especialista em investimentos na Magnetis desde 2019. Possui as certificações CEA pela ANBIMA e de planejadora financeira CFP®, trabalha no mercado financeiro há mais de 8 anos.

leia mais desse autor