Black Friday de investimentos: o que é preciso avaliar?
A Black Friday dos investimentos já virou sinônimo de oportunidade para muita gente começar a investir. Mas, dependendo dos tipos de investimento oferecidos, será que ela vale a pena?
Nessa época é fácil encontrar ofertas de aplicações financeiras com valor mínimo reduzido ou taxas de retorno aparentemente mais atraentes.
Porém, assim como fazer uma compra por impulso, aplicar o seu dinheiro sem refletir sobre o que está fazendo pode trazer dores de cabeça no futuro.
Selecionamos alguns pontos para você ficar atento antes de investir tanto durante e depois da Black Friday!
Contents
1. Black Friday investimentos: escolhendo os produtos
Várias corretoras e gestoras têm criado ações especiais para a Black Friday nos últimos anos. Há aquelas que promovem produtos com taxas mais altas de retorno.
Também são comuns ações de Black Friday em que o investimento mínimo para determinadas aplicações fica um pouco menor. Logo, é possível ter acesso a essas aplicações com menos dinheiro.
Uma dica valiosa é: pesquise o que essas corretoras têm a oferecer e aproveite as promoções para buscar os investimentos que mais atendam a seus objetivos. Sempre leve em conta o seu perfil de investidor antes de fazer uma aplicação.
Não se exponha a um risco que você não tolera apenas porque a rentabilidade prometida chamou a sua atenção ou porque parece uma boa oportunidade. Se houver algum imprevisto, você pode até mesmo perder dinheiro.
Um exemplo: você aplica todo o seu dinheiro em um CDB com prazo de 2 anos. Mas acontece que você está planejando comprar um imóvel naquele semestre.
Passados cinco meses, você encontra o imóvel dos seus sonhos a um ótimo preço, mas falta justamente o dinheiro aplicado naquele CDB para completar o valor necessário para a compra.
Na hora de resgatar, você se dá conta de que terá de pagar a alíquota máxima de Imposto de Renda (IR, que é de 22,5% para aplicações resgatadas nesse prazo). Além disso, como somente o banco que emitiu esse CDB aceita comprá-lo de volta, você ainda terá de pagar uma taxa por esse saque.
No fim das contas, você provavelmente vai resgatar menos dinheiro do que aplicou e pode ainda não conseguir arrecadar o valor suficiente para a compra daquele imóvel. Mau negócio, não é mesmo?
2. Black Friday de taxas: fique atento
Grandes corretoras geralmente oferecem aplicações em renda fixa com uma promessa de rentabilidade mais atraente. Isso porque elas conseguem negociar condições melhores com os bancos dos quais vendem produtos.
Você pode aproveitar esse poder de barganha a seu favor para garimpar os melhores investimentos. No entanto, é preciso ficar atento aos custos de aplicar nos produtos oferecidos por essas casas.
Já falamos aqui das corretoras que promovem a chamada “taxa zero” nos investimentos. É importante lembrar que essa isenção pode não ser válida para todos os produtos que são oferecidos. Então, preste atenção aos termos e condições de cada operação.
3. Preste atenção aos prazos
Quanto mais longo for o prazo do resgate de uma aplicação, mais chances você terá de obter um rendimento melhor.
Porém, no caso dos títulos privados de renda fixa (como os CDBs, LCIs e LCAs), aplicações de prazo mais longo dificilmente têm liquidez. Traduzindo: é muito difícil conseguir resgatar um investimento como esse antes de seu prazo de vencimento.
Como já falamos no exemplo do tópico 1, dificilmente haverá um comprador que não seja o próprio banco que emitiu esse título.
Esse banco pode cobrar uma taxa pelo resgate antecipado, o que pode prejudicar o seu rendimento. Você pode até mesmo sacar menos dinheiro do que aplicou (!!!).
Por outro lado, se você optar por um investimento com liquidez diária, provavelmente terá uma rentabilidade menor do que teria caso pudesse abrir mão de movimentar o dinheiro por mais tempo.
Por isso, saber qual é o seu perfil e ter objetivos claros na hora de aplicar seu dinheiro são os dois principais pontos que te fazem investir melhor.
4. Não se esqueça dos impostos na black friday
Os investimentos possuem características diferentes e por isso a forma como os impostos são cobrados sobre eles também varia.
O Imposto de Renda (IR) incide sobre o rendimento de uma aplicação, ou seja, sobre a diferença entre seu valor inicial e seu valor final.
Veja mais: Tudo o que você precisa saber sobre tributação em investimentos!
É claro que existem exceções, como a poupança, a Letra de Crédito Imobiliária (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que são isentas de IR. Outra exceção é o PGBL, em que o IR é cobrado sobre todo o valor investido e não só sobre os rendimentos.
Mas, para maior parte dos investimentos, a alíquota mínima do IR é de 15%. No caso da renda fixa, ela aumenta quanto menor for o tempo em que o dinheiro permaneceu aplicado.
Lembrando que, se você resgatar o seu investimento antes de 30 dias, pagará ainda o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele incide também sobre o rendimento da aplicação de forma regressiva. A diferença é que ele pode consumir até todo o seu rendimento, no caso de aplicações sacadas após um dia.
5. Desenvolva o hábito de poupar
É difícil guardar dinheiro quando há uma série de formas de gastá-lo, mesmo com coisas que não são supérfluas.
A ciência já mostrou que as pessoas têm dificuldade de abrir mão de algo no presente para ter melhores condições financeiras no futuro.
Já falamos disso em outro post e explicamos também como investir com mais de um objetivo ajuda a ter mais disciplina com suas finanças.
Você pode separar os seus investimentos em “gavetas mentais” e investir uma quantia para a compra da casa própria, outra para a educação dos filhos e outra para a aposentadoria, por exemplo.
Esse exercício é importante porque pessoas que desenvolvem o hábito de poupar aumentam suas chances de um futuro financeiro tranquilo. Além disso, com mais de um objetivo definido, a tendência é que o valor investido para uma finalidade não seja usado para outra.
Não adianta investir apenas na Black Friday. É preciso ter um cuidado constante com suas aplicações para se certificar de que elas estão evoluindo de acordo com o que você espera. Além disso, separar periodicamente uma quantia para investir pode aumentar ainda mais seus rendimentos.
Então, analise a sua renda e no que você deseja para o seu futuro financeiro. Feito o exercício, comece a poupar o quanto antes para conquistar seus objetivos.
6. Diversifique!
Uma vez que você já sabe o quanto é importante guardar dinheiro e já absorveu o conceito das “gavetas mentais”, está pronto para começar a melhorar a forma como você investe seu dinheiro.
Agora, diversificar seus investimentos vai ser um bom próximo passo para obter uma rentabilidade melhor e deixar a sua carteira totalmente personalizada para as suas necessidades.
Invista em mais de um tipo de aplicação e busque sempre aquelas cujas características se opõem ao que você já tem em sua carteira. Fazer isso diminui as chances de algum evento inesperado afetar o rendimento de sua carteira como um todo.
Um exemplo: se o mercado de ações vive uma turbulência, quem tem a maior parte dos seus investimentos em ações vai sofrer com oscilações intensas e pode perder dinheiro.
Já se a carteira desse investidor for equilibrada com títulos de renda fixa, cujo rendimento não depende tanto dos acontecimentos diários da economia, há uma chance maior de que as perdas no mercado de ações sejam compensadas pelo desempenho da renda fixa.
Nesse sentido, a Magnetis pode ajudar! Nossa metodologia usa algoritmos programados a partir desses conceitos.
Eles montam carteiras diversificadas com base no perfil de risco do investidor e seus objetivos financeiros. O resultado é um investimento com melhor desempenho, menor risco e custo mais baixo para o investidor.
Agora que você sabe em que prestar atenção na hora de escolher seus investimentos na Black Friday, que tal conhecer melhor as alternativas à sua disposição? Baixe grátis o nosso Guia Completo de Tipos de Investimento e tire suas dúvidas!