Como fazer uma Previdência Privada em 9 passos
Depender somente do INSS para aposentadoria não é vantajoso. Por isso, cada vez mais as pessoas estão buscando alternativas complementares para garantir uma aposentadoria confortável. E neste quesito aparece principalmente os planos de previdência privada.
No entanto, por ser um investimento importante e de longo prazo, é normal que surjam inúmeras dúvidas. Neste post vamos sanar várias delas e te mostrar um passo a passo detalhado de como fazer uma previdência privada.
Fique conosco e comece a planejar o seu futuro hoje mesmo!
Contents
1. Trace seus objetivos
A maior dificuldade da aposentadoria é saber quando ela vai chegar e a quantia que você pretende investir. O primeiro passo, portanto, é traçar seus objetivos. Com quantos anos você quer receber uma renda fixa mensal? Quanto você pode aplicar? Por quanto tempo pretende investir? São muitas questões a pensar antes de tomar uma decisão.
Assim, estabelecer objetivos concretos e realistas é essencial antes de aplicar seu dinheiro. Seu objetivos podem ser: complementar a renda do INSS, fazer viagens todos os anos, comprar uma casa de praia, entre outros.
Faça um planejamento e comece com uma pequena lista, anotando os tópicos essenciais. Colocar as ideias no papel pode ajudar bastante nesse momento de entender o quanto de renda você precisa para alcançá-los.
2. Defina quando quer se aposentar
Depois de decidir seu objetivo com a previdência privada, defina quando quer se aposentar. Quando planeja parar de trabalhar? Parece uma previsão complicada, mas estabelecer essa meta deve ser o ponto de partida. Uma boa pedida é tentar prever quando você conseguirá se aposentar pelo INSS e planejar um período próximo a esse.
Mas lembre-se: quanto mais cedo você começar a aplicar o dinheiro, melhor. Se demorar muito a tomar essa decisão, não terá uma aposentadoria tão vantajosa quanto alguém que começou a investir aos 20 anos, por exemplo. Isso acontece especialmente devido aos juros compostos que valorizam muito aplicações com longos prazos.
3. Calcule quanto você pode investir por mês
Assim como em qualquer tipo de investimento, você deve calcular quanto pode investir mensalmente. O ideal é separar um valor fixo e aplicá-lo por muitos anos, para retirar apenas quando quiser aposentar. No entanto, essa análise deve ser feita com cautela!
Faça um cálculo com base no seu salário e aplique as taxas de administração e do Imposto de Renda. Separe um valor adequado à sua realidade, que possa trazer rendimentos interessantes.
É importante que esse valor de contribuição vá aumentando de acordo com o seu salário para que você não tenha uma queda no padrão de vida no futuro. Por isso, muitas pessoas costumam atrelar o aporte mensal a um percentual do salário.
Por exemplo, pessoas que optem por um PGBL (veja mais abaixo), costumam reservar até 12% dos rendimentos com esta finalidade devido aos incentivos fiscais. Mas você pode optar ser 10, 20, 25%, dependendo dos seus objetivos.
4. Escolha o tipo de previdência
Agora que você já seguiu os passos anteriores, chegou o momento de conhecer os tipos de previdência privada existentes. São duas opções: PGBL e VGBL. Veja a seguir as características de cada um e saiba como fazer uma previdência privada mais certeira.
PGBL
No Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) existe a possibilidade de deduzir o Imposto de Renda ao longo da vida. Ou seja, quem aplica nessa modalidade de investimento pode deduzir até 12% da renda tributável todos os anos com o PGBL.
No entanto, o valor do IR é aplicado sobre a soma total do investimento, incluindo capital e rendimentos. Essa opção de previdência privada dependerá do seu perfil e do seu objetivo principal. Geralmente é indicada para quem possui uma renda elevada e/ou já faz declarações completas do IR.
VGBL
O Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é o mais conhecido no país. Ao contrário do PGBL, nesse tipo de aplicação os impostos incidem somente sobre o lucro. A maioria dos brasileiros opta por essa categoria porque é recomendada aos contribuintes que declaram o IR no modelo simplificado.
Ele também se assemelha ao seguro de vida: no momento de contratar o plano, já é possível escolher quem serão os beneficiários.
5. Calcule os impostos
Os impostos que incidirão sobre a previdência privada acompanharam uma de duas tabelas: a progressiva e a regressiva.
Na tabela progressiva, as alíquotas são as mesmas praticadas nos salários e aluguéis e variam de isento a 27,5%. Ela é uma opção interessante para quem não tem certeza que conseguirá manter a aplicação por um período de tempo mais longo.
Já na tabela regressiva, a tributação está mais ligada ao tempo de investimento. E é aqui que faz uma boa diferença a previdência, já que a mordida do leão pode chegar a apenas 10%.
6. Verifique as taxas de administração
A previdência nos bancos pode apresentar taxas que vão além das tributações do IR. Portanto, antes de investir na previdência privada, vale prestar atenção em cada uma delas: as taxas de carregamento e administração.
Taxa de carregamento
A taxa de carregamento é cobrada sobre cada aporte feito no seu investimento, com o propósito de cobrir despesas administrativas. Existem as taxas de entrada e saída: quando você coloca dinheiro e quando retira. Contudo, atualmente muitas instituições não cobram mais esse valor ou diminuíram a porcentagem de cobrança. Logo, pesquisar bastante é essencial para não sofrer nenhum prejuízo no longo prazo.
Taxa de administração
A taxa de administração é fixa e obrigatória, cobrada por todas as instituições financeiras. Ela é utilizada para cobrir custos envolvidos na operação e obter uma margem de lucro. O valor é expresso por uma porcentagem anual, incidindo sobre o total do investimento.
Se a taxa de administração for de 1%, por exemplo, a cada R$ 100 mil que você tiver, R$ 1000 serão destinados a cobrir os custos operacionais. No longo prazo, esse valor pode fazer diferença nos rendimentos.
A taxa média das previdências de bancos é de 2%, mas muitas instituições cobram valores bem menores que chegam a 0,6%.
7. Encontre uma empresa de confiança
Quem deseja poupar dinheiro a fim de assegurar uma aposentadoria confortável deve pesquisar a fundo quais são as melhores instituições do mercado. Assim, ao realizar qualquer tipo de investimento, encontre uma empresa de confiança que possa esclarecer suas dúvidas.
Com uma consultoria adequada, será mais fácil saber como fazer uma previdência privada alinhada ao seu perfil. Ela ajudará com simulações e deverá ser transparente em relação às taxas cobradas.
8. Compare a rentabilidade dos planos
Cada instituição compõe os seus fundos de previdência de forma diferente. E por isso é importante analisar se a instituição que você escolheu teve um bom rendimento nas aplicações.
Este tipo de informação é facilmente acessível em ferramentas de comparação de fundos. Nelas, você apenas insere os CNPJs (ou nomes) dos fundos que deseja comparar. Analise o retorno acumulado nos últimos 6 meses, 1 anos e na série histórica.
9. Faça a contratação
Depois de todas essas decisões feitas, chegou a hora de contratar uma previdência privada! Algumas instituições oferecem a possibilidade de fazer essa contratação de forma 100% digital, outras exigem que você vá presencialmente ao banco para finalizá-las.
A contratação normalmente é realizada com o preenchimento de alguns dados, envio de um comprovante de residência e foto do RG ou outro documento oficial. Também será feito um questionário para definir o seu perfil de investimento (conservador, moderado ou arrojado) para que suas aplicações estejam de acordo com a sua tolerância a riscos e objetivos.
Se você almeja uma aposentadoria tranquila, com tempo livre para realizar diversas atividades, aplicar nessa modalidade pode ser um bom caminho. Inclusive, agora que você já sabe como fazer uma previdência privada, receba mais informações sobre investimentos e assine a nossa newsletter! Fique por dentro das novidades e mantenha-se informado sobre as tendências do mercado financeiro.