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Coronavírus: como a epidemia está afetando o mercado financeiro e os investimentos

A epidemia de coronavírus que surgiu recentemente na China também está mostrando impacto no mercado financeiro e nos investimentos.

A doença, que já matou 361 pessoas e infectou mais de 17 mil, está se espalhando rapidamente.

Em cerca de um mês, ela foi classificada como emergência internacional pela OMS, a Organização Mundial da Saúde.

Na prática, isso significa que o órgão pode fazer recomendações para conter a doença, incluindo a proibição de viagens internacionais.

A partir de agora, vamos resumir as últimas notícias sobre o surto. Também vamos explicar como ele está afetando a bolsa de valores e as aplicações financeiras pelo mundo.

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Contents

O que sabemos até agora sobre o novo coronavírus

1 – Como surgiu o coronavírus?

A atual epidemia de coronavírus surgiu em dezembro de 2019 em Wuhan, uma grande cidade em uma região central da China.

Wuhan tem população estimada em 11 milhões de pessoas, uma metrópole semelhante a São Paulo.

A doença é causada por um novo tipo de agente que integra a família coronavírus.

Vírus dessa família estiveram por trás de outros grandes surtos, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).

2 – Como a doença é transmitida?

A doença é transmitida pelo ar ou pelo contato com fluidos de pessoas contaminadas: saliva, catarro, espirro ou tosse.

3 – Quais são os principais sintomas?

O vírus é transmitido pelo ar e causa problemas respiratórios. Os principais sintomas são:

  • febre;
  • tosse;
  • dificuldade para respirar.

4 – Qual é o tratamento para o coronavírus?

Ainda não há um tratamento específico para esse tipo de coronavírus. O Ministério da Saúde recomenda medicação e procedimentos convencionais para febre e demais sintomas da doença.

5 – Como prevenir o contágio?

O Ministério da Saúde também recomenda:

  • evitar o contato com pessoas com infecções respiratórias;
  • ao tossir ou espirrar, usar lenço descartável;
  • lavar as mãos com frequência;
  • evitar o contato com animais doentes;
  • não compartilhar talheres, pratos e copos.

6 – O coronavírus chegou ao Brasil?

O Brasil ainda não confirmou nenhum caso de coronavírus. No entanto, há 16 pessoas com sintomas. O diagnóstico ainda não foi concluído.

Coronavírus: qual é o impacto no mercado financeiro?

1 – Os efeitos na China

Com o aumento no número de casos da doença, a bolsa de Xangai começou o mês de fevereiro em queda de 7,7%. Já a bolsa de Shenzhen recuou 8,41% no primeiro pregão do mês.

De certa forma, esse tombo já era esperado. Isso porque as bolsas chinesas ficaram fechadas por 10 dias para as comemorações do Ano-Novo Chinês, que começaram em 24 de janeiro.

A grande preocupação dos investidores é que a epidemia cause estragos ainda maiores, levando à redução ou até à paralisia nos negócios.

Assim, o mercado financeiro na China descontou em um só dia todo o temor que ficou represado durante os 10 dias de feriado.

2 – Impacto em outros países do mundo

A China é uma das maiores economias do planeta. Para você ter uma ideia, o país é o segundo maior da Ásia em extensão territorial e tem população estimada em 1 bilhão de pessoas.

Os negócios chineses movimentam trilhões de dólares todos os anos em diversas áreas: construção civil, indústria automobilística, alimentação, tecnologia, vestuário bens de consumo e assim por diante.

Qualquer mudança no ritmo de produção ou de consumo na China afeta diversos outros países por tabela, incluindo o Brasil.

A taiwanesa Foxconn, por exemplo, é a principal fornecedora de componentes eletrônicos para a Apple. Suas fábricas na China ficarão fechadas por alguns dias.

3 – Reflexos no Brasil

A China é um dos maiores importadores de commodities brasileiras: na lista há minério de ferro, suco de laranja, soja e carne, dentre outros itens.

Não por acaso, algumas das maiores empresas brasileiras listadas na bolsa fazem negócios com a China, como a Vale, JBS, BRF e assim por diante.

Dessa forma, os impactos do surto de coronavírus acabam atingindo também as ações das empresas brasileiras.

Como a expectativa é que a China reduza o ritmo das compras para se concentrar no combate à epidemia, o ritmo de negócios diminui e isso afeta os resultados das companhias, levando à queda nos preços de seus papéis.

Como a bolsa chinesa está se comportando?

O mercado financeiro sempre busca antecipar movimentos. Grandes investidores, fundos e outras companhias que administram dinheiro compram e vendem aplicações financeiras com base em projeções sobre o que vai acontecer.

Olhando novamente para o exemplo da bolsa chinesa, as ações que mais caíram foram as das empresas relacionadas ao consumo. E não por acaso, os papéis que mais subiram foram os de companhias farmacêuticas.

No gráfico a seguir, você vê o tamanho da queda do Shanghai Composite, o principal índice de ações da China, em abril.

indice shanghai
Índice Shanghai Composite em abril de 2020 (Fonte: TradingView)

No entanto, a queda atual não é tão grande quando comparada com outros momentos do mesmo índice.

Observe agora o movimento no último ano: entre idas e vindas, o índice voltou ao mesmo patamar de março de 2019.

Índice Shanghai (Fonte: TradingView)

Três lições sobre investimentos que o mercado nos ensina

Analisando os gráficos acima, existem três conclusões muito importantes que podem ajudar qualquer pessoas a saber o que fazer. São elas:

1 – Tenha uma estratégia clara na hora de investir

Uma das principais lições que esses gráficos nos mostram é sobre a importância de ter uma estratégia sólida de investimentos.

A empolgação com um bom momento do mercado pode levar pessoas a acreditarem que a saída é investir em ações. No entanto, volte ao gráfico e perceba quanto sobe e desce aconteceu em apenas um ano.

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2 – Diversifique seus investimentos

Outro ponto igualmente importante: a diversificação dos seus investimentos. Em um momento como esse, ter seu dinheiro aplicado em ativos que não sofram o impacto do surto é um diferencial.

Sim, a renda fixa é um bom exemplo de investimento que não sofre impacto direto da epidemia.

Apesar de o retorno ser mais baixo que o da bolsa, ela é quem cumpre o papel de preservar o patrimônio de uma carteira bem diversificada.

3 – Evite decisões na hora do desespero

Muitas pessoas tomam a atitude exatamente inversa quando se deparam com a bolsa em queda: elas vendem em vez de comprar.

O mesmo vale para o cenário oposto: quando elas veem a bolsa em alta, têm mais vontade de comprar.

No entanto, agora que você sabe que o mercado tem dias bons e ruins, faz sentido comprar quando a bolsa sobe e vender quando a bolsa cai?

Essa é uma das principais lições que pessoas bem-sucedidas nos investimentos já conhecem.

As boas estratégias de investimento não estão restritas aos tubarões do mercado. Com a tecnologia, hoje em dia qualquer pessoa pode investir como um milionário.

Aliás, se você já conhece o blog da Magnetis, sabe que essa é uma das principais bases da nossa estratégia de investimento.

E agora que você já viu alguns efeitos do coronavírus sobre o mercado financeiro, que tal entender como ter a sua própria estratégia para investir com segurança? Baixe grátis o nosso Guia Completo sobre Consultoria de Investimentos e descubra!

Andressa Siqueira, CFP®

Formada em Economia pela PUC-SP, é especialista em investimentos na Magnetis desde 2019. Possui as certificações CEA pela ANBIMA e de planejadora financeira CFP®, trabalha no mercado financeiro há mais de 8 anos.

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