5 critérios para investir de acordo com o seu perfil
O que você leva em consideração ao escolher investimentos? É comum que se observe a perspectiva de ganho, mas ela não pode ser o único fator a ser considerado. Afinal, existem diferentes critérios para investir e analisá-los pode interferir diretamente em suas aplicações. Ter essa consciência é importante não só para que você tenha bons resultados, mas principalmente para que o ato de investir esteja alinhado a seus propósitos e perfil de investidor.
Aliás, você conhece o seu? É provável que já tenha ouvido falar que existem três tipos — conservador, moderado e arrojado —, mas sabe como identificar em qual deles se enquadra? Veja:
- investidor conservador: investe para manter e remunerar o patrimônio que acumulou, com maior grau de segurança possível evitando perdas;
- investidor moderado: tende a ser aquele que já alcançou a estabilidade financeira e está formando seu patrimônio, mas deseja obter rendimentos satisfatórios para continuar elevando seu padrão de vida; está disposto a correr um pouco mais de risco
- investidor agressivo: considera importante atingir um rendimento médio superior no longo prazo, mesmo que isso resulte em possíveis perdas de capital.
Embora este seja uma visão básica dos perfis de investidor, muitas variáveis influenciam na forma como cada pessoa investe em diferentes momentos da vida. Além disso, há mais fatores a considerar, como o motivo pelo o qual se deseja investir: isso também vai ser importante para determinar as características dos investimentos. Conciliar todas essas peculiaridades nem sempre é fácil. Mesmo assim, é possível identificar formas de escolher os investimentos mais adequados para você.
Neste post, abordamos os principais aspectos relacionados a essa escolha, com base em critérios como rentabilidade, riscos, volatilidade, prazo e liquidez. Acompanhe até o fim e aprenda a tomar decisões de investimentos mais adequadas para você. Boa leitura!
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1. Riscos a serem enfrentados
Investir é assumir riscos, em maior ou menor grau. É importante saber que todo investimento tem risco, mesmo os mais conservadores e isso faz parte do mercado. Evidentemente, existem aplicações mais e menos arriscadas. Da mesma forma, existem instrumentos que oferecem maior ou menor retorno. Em outras palavras, há uma relação entre risco e retorno. É comum que investimentos mais arriscados ofereçam uma expectativa de retorno maior, como forma de remunerar o investidor pelo risco que ele vai assume, já que em investimentos com maior risco as chances de perdas também são maiores.
Mas o ponto-chave quando se trata de risco é que o investidor considere o quanto de risco está disposto a assumir. Exatamente, a partir disso é que é possível relacionar ao perfil de investidor, dos objetivos que deseja alcançar e da rentabilidade que espera obter para atingir suas metas. Falta saber quais são os principais riscos em investimentos e como se pode lidar com eles. Acompanhe!
Risco de mercado
O risco de mercado vêm do cenário econômico. Instabilidade, mudanças bruscas de mercado e decisões políticas podem interferir nas aplicações. Os instrumentos variam de acordo com esse macroambiente, pois inflação, juros, taxa de câmbio e outros refletem positiva ou negativamente na aplicação e na capacidade de pagamento dos emissores de títulos.
As ações, por sua vez, sofrem influências múltiplas, como o interesse dos investidores no mercado acionário, o desempenho das empresas, os resultados setoriais e, recentemente, até as operações de combate à corrupção têm gerado efeitos sobre o preço dos ativos. É preciso estar atento a esses movimentos antes de escolher.
Qualquer ativo financeiro está sujeito à variação de preço. São movimentos decorrentes da demanda por esse tipo de instrumento ou das oscilações do mercado como um todo.O mercado financeiro vive de expectativas. As pessoas só investem em determinados tipos de investimento porque acreditam na sua alta. Quando essa perspectiva de alta diminui, investidores passam a buscar menos determinado tipo de ativo e seu preço cai.
Risco de crédito
O investimento é uma operação semelhante a um empréstimo. O dinheiro aplicado serve à necessidade de captação de recursos do agente financeiro, como bancos, governo e empresas. Instituições bancárias, por exemplo, podem emitir Certificados de Depósito Bancário (CDBs), enquanto o governo emite títulos públicos, como o Tesouro Direto, por exemplo.
Na prática, então, o investidor contribui para o financiamento de projetos com o objetivo de, no prazo previsto, resgatar o valor que aplicou acrescido de juros. Entretanto, para isso, assume o risco de sofrer perdas em caso de inadimplência da instituição em que investiu. A este tipo de risco é dado o nome de risco de crédito.
Para se proteger desse risco, o investidor pode usar algumas estratégias, como buscar aplicações que sejam assegurados pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que contempla, em geral, investimentos de renda fixa, com limite de até R$ 1 milhão por CPF, sendo R$ 250 mil por instituição financeira. Ou seja se a instituição quebrar o fundo ressarce o investidor integralmente. Exemplos de investimentos que tem cobertura do FGC, são os CDBs e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA).
Além disso, uma dica básica é sempre pesquisar bem antes de investir: verifique a credibilidade do emissor do título e analise sua situação financeira.
Risco de liquidez
A liquidez é a facilidade em resgatar ou não o valor investido. É possível vender um imóvel de um dia para o outro? É pouco provável. Em geral, o prazo é maior e pode durar anos. Já uma ação pode ser negociada em minutos, pois só depende de haver compradores interessados. O risco de liquidez está justamente em não existir uma dessas pontas, ou seja, de o investidor não conseguir comprar ou vender determinado ativo por falta de interessados em fechar negócio.
Alguns investimentos têm data prevista para resgate — o que significa que têm o momento certo para serem liquidados. Bons exemplos são os ativos com baixa liquidez, além de imóveis, LCI e LCA. Na outra ponta, poupança, alguns CDBs e Tesouro Direto oferecem liquidez diária.
2. Rentabilidade esperada do investimento
Os investimentos são feitos porque há uma perspectiva de retorno no futuro. O objetivo é obter o valor aplicado acrescido de juros e assim fazer o dinheiro render. A medida dessa remuneração é, portanto, um ponto que influencia bastante a decisão do investidor, e talvez seja o primeiro fator que é levado em conta por quem investe. No entanto, embora este seja um critério fundamental não deve ser o único a ser analisado.
É importante deixar claro que rentabilidade passada não garante rentabilidade futura, ou seja não é porque um investimento teve um bom rendimento que ele vai entregar a mesma rentabilidade. Isso porque o mercado financeiro é imprevisível e mesmo investimentos mais conservadores podem ter risco.
Considerar a rentabilidade passada como critério de decisão de investimento, pode ser um importante indicativo que serve mais como parâmetro para o investidor avaliar a performance de determinado ativo e assim ter uma ideia de quanto pode obter.
3. Volatilidade: o sobe e desce do mercado
A volatilidade é a variação no preço dos ativos financeiros. Isso pode ser bom ou ruim, dependendo do apetite do investidor para o risco. O importante a considerar é que ativos mais sujeitos a oscilações tendem a oferecer rentabilidade maior. Isto é, apresentam retorno compatível com o risco assumido pelo investidor.
Há momentos em que arriscar um pouco mais vale a pena e, em outros, o mais recomendado é preservar o patrimônio. O importante é conhecer as características do ativo em que pretende investir, bem como observar sua volatilidade histórica e as expectativas atuais de especialistas de mercado.
Vale destacar que uma carteira diversificada é fundamental para enfrentar a volatilidade do mercado. Independente do seu perfil de risco, é importante que o investidor busque a diversificação de sua carteira de investimentos com ativos de características diferentes. Ao aplicar em um único instrumento, o investidor se expondo a um enorme risco.
O ideal é que a carteira diversificada seja adequada ao perfil: ela pode ter maior percentual em renda fixa, caso você não se sinta confortável com a alta volatilidade ou uma parcela maior de ativos de renda variável se o objetivo for elevar os ganhos, mesmo que para isso seja necessário suportar as variações. O importante é diversificar!
4. Prazo para obter retorno
Todo mundo quer alcançar seus objetivos em um determinado prazo. O resgate dos investimentos também tem um período a ser considerado. Qual é o espaço de tempo entre o momento da aplicação e o da liquidação? O prazo que você deseja manter um investimento, vai impactar na hora de avaliar a liquidez, mas vai além.
Ao escolher investimentos, um aspecto importante a ser considerado é ter clareza do seu objetivo. Ele pode ser de curto, médio ou longo prazos. Quem investe pensando na aposentadoria, por exemplo, vai usar estratégias distintas daquelas de quem o faz para casar, comprar um carro ou fazer uma viagem.
As aplicações precisam acompanhar essas projeções. Para objetivos de curto prazo como formar uma reserva de emergência, é recomendado que sejam escolhidos investimentos também de curto prazo e com liquidez diária. Isto é importante para que permita resgatar a qualquer momento.
Existem ativos que pressupõem aplicações de maior prazo: títulos de crédito privado como CDBs, LCIs e LCAs geralmente tem um prazo maior de vencimento, de pelo 1 ou 2 anos. O investidor até pode realizar o resgate antes do prazo, mas pode perder em rentabilidade, ou seja quanto mais perdurar o investimentos maiores as chances de atingir o resultado desejado. Continue a leitura e entenda porque considerar a liquidez também é um dos mais importantes critérios para investir.
5. Necessidade de liquidez
Liquidez tem a ver com a velocidade ou facilidade com que se converter um bem ou investimento em dinheiro. Ou seja, quanto menor for o tempo de espera para converter algo em dinheiro, maior será o nível de liquidez desse recurso.
Por isso, a decisão de investimento também precisa considerar a necessidade de liquidez. Essa decisão está diretamente relacionada ao objetivo em investir. Por que você está aplicando seus recursos? Você pode estar querendo simplesmente fazê-lo render, sem um objetivo em específico, mas até para isso é importante que pense quando vai querer resgatar. Se o investidor sente que vai precisar resgatar o dinheiro investido, deve optar por instrumentos de maior liquidez.
Têm liquidez diária títulos do Tesouro Direto, os Fundos DI e, em alguns casos, até os CDBs. Antes se desfazer dos ativos, entretanto, vale avaliar o que se perde ou se ganha na transação. Isso é comum entre investimentos que têm prazo de vencimento pré-definido: o resgate antecipado, nesse caso, pode comprometer o retorno.
Critérios para investir bem
Como você viu, escolher investimentos requer estratégia. Para isso, conhecimento é fundamental na hora de avaliar os principais critérios para investir de forma adequada. Investir no mercado financeiro pode não ser nada fácil. É algo que exige cuidado, esforços, conhecimento e muita reflexão. Mas é possível se dar bem levando em consideração os critérios que apresentamos ao longo deste artigo.
Avalie sempre o que é mais adequado para o seu caso. Analise seus objetivos para investir e em quanto tempo deseja atingi-los, qual o seu perfil de investidor, quais os riscos está disposto a enfrentar, entre outros fatores.
Antes de começar, portanto, você pode buscar o apoio de uma consultoria de investimentos e delega todas essas escolhas a especialistas que podem recomendar os melhores investimentos de acordo com o seu perfil: assim, suas chances de sucesso aumentam.
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