6 dicas práticas para adquirir disciplina financeira e investir mensalmente
Todo mundo conhece aquela pessoa que tem dinheiro suficiente para viver de renda, mas na verdade vive com dívidas. Só que também conhecemos alguém que tem uma renda pequena e mesmo assim consegue alcançar objetivos, além de ter sempre um dinheiro guardado. Sabe qual a diferença entre eles? Disciplina financeira.
Assim como outros bons hábitos da nossa vida, algumas pessoas são naturalmente disciplinadas com dinheiro, enquanto outras são desorganizadas.
A boa notícia é que a disciplina financeira é algo que se pode aprender e incorporar à sua vida. Neste post, vamos mostrar 6 dicas práticas para você encontrar o caminho e conseguir investir mensalmente. Acompanhe!
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1. Conheça a sua situação atual
Tudo o que queremos melhorar tem que ser primeiro mapeado. Como estão suas finanças pessoais? Liste todos os seus gastos e saiba exatamente qual o seu custo de vida, para entender para onde seu dinheiro vai.
Aqui, é importante ter honestidade: ao terminar de fazer as contas, vai perceber que todos os seus gastos fazem diferença, desde o estacionamento no shopping, até o cafezinho após o almoço.
Pequenos gastos se somam e viram uma conta considerável. Isso não quer dizer que você nunca mais vai se permitir pequenos prazeres, mas que você precisa fazer uma escolha consciente entre o curto prazo e o longo prazo.
2. Corte despesas não essenciais
Vamos imaginar que, listando os seus gastos, você descobriu que gasta R$ 150 com cuidados pessoais, R$ 33 no streaming de vídeo, R$ 17 no de música, R$ 170 na assinatura da TV paga e R$ 120 na academia.
Tudo somado, dá R$ 490 por mês, ou R$ 5.880 por ano. Isso se o dinheiro ficar parado, sem colocar em nenhuma aplicação.
Será que você precisa mesmo de tudo isso? O que vai ser melhor para você: ter esses serviços ou contar com esse dinheiro para alcançar seus objetivos?
3. Corte os gastos com cartão de crédito
Se você é do tipo que compra por impulso, dificulte a sua vida. Não ande com o cartão de crédito e não o deixe salvo nos seus e-commerces de preferência.
Às vezes é bom — e necessário — ter um cartão de crédito, mas não utilize o cartão de crédito apenas por hábito.
Ele requer um uso responsável para não virar uma bola de neve e deixar de ser uma solução para ser um problema. Assim, se você não consegue se controlar de jeito nenhum, é melhor cancelar o cartão.
4. Evite compras a prazo
A compra a prazo está na mesma categoria do cartão de crédito. Você está gastando um dinheiro que ainda não tem e, na prática, isso vai diminuir seu orçamento.
Imagine que você ganha R$ 7.000 líquidos por mês e comprou um computador em 12 vezes de R$ 350.
Isso quer dizer que, no próximo ano, você na verdade terá R$ 6.650 por mês para viver. Se isso se somar a outros gastos, sua renda disponível ficará cada vez menor.
O problema é que, muitas vezes, na nossa cabeça, continuamos achando que temos R$ 7.000 para gastar e não temos. Além disso, quando pagamos à vista, temos mais poder para negociar um preço mais baixo.
Por fim, é bom lembrar que não devemos comprometer toda a nossa renda e viver com o orçamento justo, porque qualquer imprevisto que houver — e, acredite, eles ocorrem — vai nos deixar no vermelho. Para evitar isso, você pode montar uma reserva de emergência.
5. Separe uma quantia semanal
O cartão de débito é outro fator que pode levar a um descontrole. A gente compra um lanche, paga no débito. Compra um remédio, paga no débito. Vê uma roupa legal, compra no débito.
Quando você menos imaginar, o dinheiro sumiu da conta sem que você percebesse.
Existem duas formas de controlar isso. Uma é definindo o quanto você pode gastar por semana, sacar esse dinheiro e pegar apenas a quantia do dia para colocar na sua carteira.
Assim, vamos imaginar que você estipulou que pode gastar R$ 700 por semana, incluindo transporte, alimentação e outros itens do seu dia a dia. Coloque R$ 100 na sua carteira e viva com isso. Se acabar, acabou.
Outra maneira é aplicando o dinheiro em investimentos com liquidez diária, como um fundo DI, e resgatar para a sua conta apenas o dinheiro da semana.
A vantagem dessa opção é que você não precisa andar com dinheiro e tem mais flexibilidade para gastar um dia mais, outro menos. A desvantagem é que você pode gastar tudo de uma vez e passar o restante da semana sem dinheiro.
6. Considere o investimento como uma conta mensal
Você recebe seu pagamento e começa a quitar suas contas: aluguel, condomínio, luz, telefone etc. São todos gastos essenciais, certo? Inclua mais uma conta: investimentos.
Se você aplicar logo que o dinheiro cai na conta, não vai dar a desculpa de que “nunca sobra nada para investir”. Considere que é uma conta para pagar tudo o que você quer fazer na vida.
Uma ressalva importante: você vai poupar dinheiro para investir, não para deixá-lo parado. Investir é fazer seu dinheiro render e trazer mais benefícios para você.
Deixar o dinheiro parado é, na verdade, ter prejuízo, uma vez que a inflação vai corroer parte dele.
Vamos voltar ao exemplo inicial, dos R$ 490 mensais que você pode poupar cortando gastos não essenciais.
Se colocar esse dinheiro em uma aplicação que renda 0,4% ao mês, ao fim de um ano terá R$ 6.035, em vez dos R$ 5.880 sem o rendimento.
Pode não parecer tanto, mas, quanto maior o prazo do investimento, mais os juros compostos vão trabalhar por você.
Vejamos o mesmo exemplo por 10 anos. Sem aplicar nada, você teria R$ 58.800 nesse prazo, mas, com os juros mensais de 0,4%, o valor final seria de R$ 75.580, segundo a calculadora do Banco Central.
Assim, lembre-se de que os investimentos são um aliado importante para formar seu patrimônio e acumular os recursos necessários para você conquistar seus objetivos.
Com as nossas dicas, já dá para você arregaçar as mangas e começar a desenvolver disciplina financeira para economizar, poupar, investir e realizar seus sonhos.
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