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Dividendos: o que são, como funcionam e como são distribuídos?

Todas as pessoas que buscam investimentos estão em busca de retornos positivos. No caso do investimento em ações, o lucro pode vir, principalmente, de duas maneiras: pelo ganho de capital ou pelo recebimento de dividendos.

O ganho de capital ocorre quando vendemos uma ação por um preço maior do que o que pagamos por ela anteriormente. Por outro lado, o recebimento de dividendos é a distribuição de uma parcela dos lucros de uma empresa a seus acionistas.

Parece interessante, não é mesmo? Neste post vamos te explicar o que são dividendos, como eles funcionam e como você pode usá-los a seu favor. Acompanhe!

Contents

O que são dividendos?

Como já explicamos acima, os dividendos são uma parte do lucro que a empresa distribui a seus acionistas.

Podemos fazer uma analogia com um negócio próprio. Pense que você investiu algum dinheiro para entrar como sócio em uma sorveteria, por exemplo.

Nesse exemplo, você quer que a empresa tenha lucro para que você possa receber a sua parte dele, certo?

Agora, voltando aos investimentos em ações, como acionista de uma empresa, esse lucro é representado pelos dividendos.

Quem é obrigado a distribuir dividendos?

No caso das companhias listadas na B3 (a bolsa de valores), todas as empresas que tenham lucro são obrigadas a distribuir pelo menos 25% dele a seus acionistas.

Mas, por que apenas as empresas que apuram lucro? Simples: se a companhia não lucrar, não há o que ser distribuído.

Vale destacar, porém, que esse é o percentual mínimo. Muitas empresas distribuem bem mais do que os 25% exigidos.

Quais são as melhores pagadoras de dividendos?

Quando uma empresa está em fase de crescimento acelerado, normalmente ela usa ou reinveste o máximo possível do seu lucro na própria empresa, para financiar sua expansão.

Por isso, essas companhias costumam distribuir o percentual mínimo de dividendos a seus acionistas, utilizando o restante do lucro para expandir sua operação.

Já as empresas mais maduras, que não precisam mais investir tanto na sua própria operação, são as que normalmente pagam os maiores dividendos aos seus acionistas.

Elas são fortes geradoras de caixa e, por isso, são conhecidas no mercado como cash cows, ou seja, “vacas de dinheiro”.

Além disso, como têm maior previsibilidade de geração de receita, a variação da cotação das suas ações costuma ser menor do que a das companhias que estão em fase de crescimento mais acelerado.

Qual a diferença entre dividendos e JCP?

Você já deve ter lido em outros lugares que as empresas pagam “proventos”. Esse é o nome genérico para os diversos tipos de pagamentos que as companhias podem fazer a seus acionistas.

Os dividendos são um tipo de provento. Uma de suas principais características é que, para o acionista, ele é isento de imposto de renda, uma vez que é a distribuição do lucro líquido da companhia, ou seja, o imposto já foi pago.

Outro tipo de provento muito comum é o Juros sobre Capital Próprio (JCP). Da mesma forma que os dividendos, esse também é um valor em dinheiro que a companhia paga aos seus acionistas.

A principal diferença é contábil: o JCP entra para a empresa como uma despesa. Por isso, pode ser deduzido da base de cálculo do lucro da empresa, reduzindo o valor que ela precisa pagar de imposto.

Para o acionista, há incidência de 15% de imposto de renda sobre o valor recebido a título de JCP. Quando o dinheiro cai na sua conta, no entanto, o desconto do IR já foi feito e você não precisa fazer mais nada a respeito.

Existe, porém, um limite de distribuição de JCP para as empresas. Por isso, é comum você ver que a empresa vai pagar um valor em JCP e outro em dividendos.

O que é dividend yield e como calculá-lo?

Vamos imaginar que você tem ações de duas empresas. A empresa X vai pagar R$ 2 por ação, enquanto a Y vai pagar R$ 3 por ação. Você conclui que a empresa Y paga um dividendo maior do que a X, certo? A resposta é: depende!

Para conseguir fazer essa comparação, é preciso calcular o dividend yield, ou seja, o retorno considerando o valor da ação.

Assim, o dividend yield nada mais é do que o valor do dividendo dividido pelo preço da ação, multiplicado por 100, para encontrarmos o percentual.

Vamos imaginar que o preço da ação da empresa X esteja em R$ 15 e o da empresa Y, em R$ 40. Assim, temos:

Dividend yield da empresa X = R$ 2 / R$ 15 = 0,133 x 100 = 13,33%

Dividend yield da empresa Y = R$ 3 / R$ 40 = 0,075 x 100 = 7,5%

Nesse exemplo podemos ver que, dado o preço da ação, o dividend yield da empresa X é maior do o que o da empresa Y.

Nesse caso, se você tivesse R$ 3000 investidos em cada uma das duas companhias, receberia R$ 400 em dividendos da empresa X, mas apenas R$ 225 da Y.

Como os dividendos são distribuídos?

O pagamento dos dividendos é definido pela diretoria da empresa e pelo seu conselho de administração. Isto é, eles estabelecem o valor total que será distribuído aos acionistas.

A relação desse valor com o lucro da empresa é chamada de payout. Por exemplo, se uma companhia lucrou R$ 100 milhões e vai distribuir R$ 80 milhões, seu payout é de 80%.

Após isso, são estabelecidas algumas datas importantes:

  • Último dia “com”, também chamada de data-base de direito: é a data que a empresa define para determinar quem são seus acionistas e quem, portanto, tem direito a receber seus proventos. Todo mundo que tiver ações daquela empresa nesse dia vai receber;
  • Data ex: é a data a partir da qual as ações já passam a ser negociadas sem direito aos dividendos. Normalmente ela ocorre um dia útil depois do último dia “com”;
  • Data de pagamento: é o dia em que o provento será pago e o dinheiro vai cair na conta do acionista.

Aqui há uma informação importante: na data “ex”, a ação passa a ser negociada com um valor ajustado, que desconta o dividendo pago.

Vamos imaginar que o mercado avalie que determinada companhia vale R$ 50 por ação. Se ela paga R$ 5 de dividendos, passa então a valer R$ 5 a menos. Dessa forma, na data ex esse valor vem descontado da cotação.

É claro que isso não é totalmente preciso, porque o mercado é dinâmico, então esse desconto pode ser maior ou menor. Depois, a cotação do papel segue sua variação normal.

Se você está interessado em investir em ações, saiba que não é necessário começar com muito dinheiro! Mas é importante ressaltar que suas aplicações devem estar alinhadas ao seu perfil de investidor.

E lembre-se: diversificar é uma das melhores formas de reduzir riscos e buscar rendimentos mais elevados!

Se o seu objetivo é investir para ter uma renda mensal, aproveite para continuar lendo e saber quais são os tipos de investimento ideais para isso!

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Andressa Siqueira, CFP®

Formada em Economia pela PUC-SP, é especialista em investimentos na Magnetis desde 2019. Possui as certificações CEA pela ANBIMA e de planejadora financeira CFP®, trabalha no mercado financeiro há mais de 8 anos.

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