Você sabe o que é FIDC? Vale a pena investir nesse tipo de fundo? Confira aqui!
No universo dos fundos de investimento, existe uma categoria que ainda é pouco conhecida pelo grande público: o FIDC.
A sigla quer dizer Fundo de Investimento em Direitos Creditórios. Basicamente, significa que esse fundo permite investir nas contas a receber de uma empresa.
Em tempos de taxa Selic mais baixa, o FIDC vem ganhando a atenção de quem se preocupa com a rentabilidade de seus investimentos. Afinal, ele é uma alternativa para buscar rendimentos maiores.
Porém, é preciso prestar atenção: o FIDC é um tipo de investimento um pouco mais sofisticado e exige uma análise mais criteriosa.
A seguir, vamos entender melhor o que é o FIDC, como esse tipo de fundo é constituído e quando vale a pena investir nesse tipo de aplicação. Continue a leitura!
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O que é FIDC?
Como mencionamos, FIDC é a sigla para Fundo de Investimento em Direitos Creditórios.
Direitos creditórios, por sua vez, são as obrigações financeiras que uma empresa tem para receber.
Podem ser cheques, aluguéis, notas promissórias, parcelas de cartão de crédito e outros tipos de pagamento.
Assim, um FIDC é uma estrutura que reúne esse conjunto de contas a receber e as transforma em um tipo de aplicação financeira.
Quem investe dá uma espécie de adiantamento desses pagamentos para a empresa. Em contrapartida, ela devolve o dinheiro dos cotistas corrigido por uma taxa de juros.
Como funciona o FIDC?
A carteira de um fundo desse tipo é formada por pelo menos 50% de direitos creditórios. As demais aplicações podem ser investimentos de renda fixa mais tradicionais.
O fundo FIDC é dividido em duas modalidades: os sistemas abertos e fechados.
- FIDC aberto: é possível resgatar os ativos a qualquer momento, respeitando as regras de liquidez do fundo;
- FIDC fechado: há um prazo específico para resgate.
O que distingue o FIDC de outros investimentos é a complexidade da estrutura, que é dividida em tipos de cotas:
1 – Cota sênior
Têm rentabilidade prefixada e se comportam como títulos de renda fixa. Esse tipo de cota também tem preferência no recebimento do valor do resgate ou amortização.
2 – Cota subordinada
O cotista só pode retirar o dinheiro quando uma cota sênior for resgatada. Assim, esse cotista assume o risco de crédito da operação, ou seja: o risco de os direitos não serem pagos.
Caso o cotista sênior deixe de investir, o cotista subordinado também corre risco de ser prejudicado.
Mas qual é a vantagem de investir em cotas subordinadas?
São dois cenários possíveis: caso você adquira uma cota subordinada e o valor de resgate for inferior ao previsto, sua rentabilidade também será reduzida.
Por outro lado, se a rentabilidade do cotista sênior for maior que a prevista, o seu lucro também será maior.
FIDC: vantagens e desvantagens
Quem investe em FIDC busca diversificar seus investimentos para alcançar rentabilidade superior às aplicações tradicionais.
Justamente por estar em uma categoria de risco mais elevada, esse investimento pode oferecer um retorno superior.
No entanto, é necessário uma análise de risco bastante criteriosa. Isso porque é preciso analisar a composição do fundo para entender os seguintes pontos:
- a rentabilidade oferecida está de acordo com o nível de risco que a aplicação oferece?
- qual é a chance de perder dinheiro ao investir nesse fundo?
Uma das ferramentas que ajudam a analisar esses riscos é o rating, a chamada nota de crédito.
Ela é atribuída pelas agências de classificação de risco (Fitch, Moody’s, S&P), o que permite fazer comparações entre diferentes investimentos.
Já em relação às desvantagens, a principal é que o FIDC não é um fundo disponível para todas as pessoas.
Ele é restrito para o chamado investidor qualificado ou profissional. O valor mínimo também é restritivo: é possível encontrar aplicações mínimas a partir de R$ 25 mil.
As taxas de administração também costumam ser um pouco maiores do que as dos fundos de investimento tradicionais.
Vale a pena investir em FIDC?
Como você viu, os FIDCS não são investimentos tão convencionais. Por isso, vale a pena fazer uma análise um pouco mais criteriosa antes de investir.
Por isso, procure entender seu momento de vida em relação às aplicações que você provavelmente já possui. Algumas questões podem ajudar nessa análise:
- em seu momento de vida de atual, é hora de proteger o seu patrimônio ou buscar mais rentabilidade?
- você pretende usar uma grande quantidade do seu dinheiro para adquirir algum bem nos próximos meses?
- você tem perspectiva de mudar o seu estilo de vida (casar, ter filhos, mudar de cidade ou país)?
A partir daí, já é possível ter uma ideia geral do caminho que você pode seguir.
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