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6 coisas sobre finanças pessoais que não ensinam na escola

Quando se fala em finanças pessoais, nem todo mundo se sente confortável. Além da resistência cultural, esse é um tema que está fora de controle para muitas pessoas.

Hoje no Brasil 2 em cada 3 famílias estão endividadas. Os dados são de uma pesquisa mensal feita pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o SPC.

Esse quadro é um reflexo da falta educação financeira. Se conceitos básicos fossem ensinados na escola (como juros compostos, cuidados com cartão de crédito e investimentos), teríamos uma realidade diferente.

Mas essa realidade está começando a mudar aos poucos. Nos últimos anos, o assunto começou a ter um espaço garantido no noticiário. Além disso, hoje em dia há muitas opções de sites, blogs, canais no Youtube e em outras redes sociais que tratam do assunto.

Além disso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que é uma diretriz do governo federal para todas as escolas de educação básica, agora indica a possibilidade de finanças pessoais fazer parte da grade escolar.

Mas, para quem já saiu da escola, é preciso buscar informações sobre o assunto em outras fontes. Para facilitar essa busca, reunimos aqui os conceitos mais importantes sobre o assunto que não ensinam na escola.

Contents

1. Ter dinheiro não depende do salário

As pessoas costumam gastar proporcionalmente ao que ganham. O que antes era supérfluo pode passar a ser questão de sobrevivência à medida que você aumenta sua renda e passa a ter acesso a novas cestas de produtos e serviços. Dinheiro na mão é vendaval.

Assim, minha recomendação número 1 é: tenha a consciência de que economizar dinheiro e investir com qualidade tem muito mais relação com hábitos financeiros saudáveis do que com quanto você recebe por mês.

2. Como controlar as despesas no cartão de crédito

Muita gente trata o cartão de crédito como inimigo. Na verdade, o cartão é um bom recurso quando bem utilizado. O problema está na armadilha psicológica.

Como você não vê o dinheiro saindo da sua conta na hora, acredita que está tudo certo e chega a esquecer que o valor será cobrado no mês seguinte. A mesma prerrogativa é válida para compras parceladas.

Em outras palavras, cada aquisição feita no cartão de crédito implica uma dívida para o mês seguinte, e até para os próximos, se o valor for dividido em mais prestações.

Por isso, o ideal é fazer os pagamentos à vista. Nesse caso, é preciso se planejar para juntar dinheiro e fazer a compra. Uma outra saída é se organizar de forma responsável para utilizar o cartão de crédito de maneira consciente.

Quando usar o cartão? O melhor é deixá-lo para compras emergenciais ou para a aquisição de bens com preços altos, nos quais esse tipo de parcelamento é isento de juros. Na segunda situação, lembre-se de anotar as parcelas na sua planilha de orçamento ou no aplicativo financeiro.

Deixe agendado o pagamento para os próximos meses para saber de forma antecipada qual será o valor da fatura. Desse modo, você já sabe quanto do seu orçamento está comprometido.

3. Como os juros compostos influenciam na nossa vida financeira

Os juros compostos são uma forma de cálculo em que os juros são aplicados sobre a própria taxa. Ficou confuso? Vamos explicar!

Imagine que você aplicou R$ 1 mil em um investimento. A incidência é de 0,5% ao mês. Então, no primeiro mês, o rendimento é de R$ 5,00.

Se o cálculo considerasse juros simples, a próxima remuneração também seria de R$ 5,00. Mas como são aplicados os compostos, os juros incidem sobre o valor total acumulado, ou seja, R$ 1.005,00. Nesse caso, a remuneração chegaria a R$ 5,025. Ou seja, 0,025 a mais do que no cálculo com juros simples. Nesse exemplo, o rendimento é pequeno, mas já pensou como ficaria no longo prazo?

Isso significa que os juros compostos oferecem uma rentabilidade melhor, porque a taxa de juros sempre é aplicada em cima do somatório obtido ao final de cada mês. O que isso representa para sua vida financeira? A possibilidade de acumular patrimônio no longo prazo!

Conforme economiza e investe seu dinheiro, você tem a chance de aumentar o capital acumulado. Para isso, vale a pena levar em conta os fatores que influenciam o resultado:

  • capital aplicado, sendo o ideal fazer investimentos mensais;
  • rentabilidade;
  • tempo.

Trabalhando com esses critérios, você tem a chance de formar um patrimônio sólido, que traga tranquilidade no futuro e permita a conquista dos seus objetivos.

4. O que você deve saber antes de abrir uma conta no banco

Outro fator importante para suas finanças pessoais é entender o que interfere na abertura de uma conta no banco. Você pode fazer isso a partir dos 18 anos, mas é comum ter que repetir o procedimento outras vezes durante a vida. É nesse momento que vale a pena considerar os aspectos que vamos listar agora.

Primeiramente, avalie o banco e o tipo de conta que será aberto. Verifique se há alguma conta especial, por exemplo — para jovens, pessoas que estão na faculdade etc.

Confira também se há taxas diferenciadas e qual é o Custo Efetivo Total (CET) das operações. Assim, você sabe quanto terá de pagar para fazer algumas transações e manter sua conta-corrente aberta.

Compare as tarifas de várias instituições financeiras e analise o custo-benefício, isto é, quais serviços estão incluídos no pacote em relação ao valor pago todo mês.

Além disso, saiba que você pode abrir uma conta-corrente ou uma poupança. Qualquer uma dessas modalidades é interessante, mas a segunda não pode ser vista como um investimento, porque o rendimento é baixo.

Por isso, vale a pena abrir uma conta-corrente e, assim que começar a aplicar o seu dinheiro, abrir outra conta em uma corretora ou gestora de investimentos. Dessa forma, você investe o capital e ganha os juros compostos, que já explicamos anteriormente.

5. Como organizar as contas pessoais

O ideal é manter os pagamentos em dia, a fim de evitar a incidência de juros. Para isso, o primeiro passo é anotar todos os gastos e recebimentos em uma planilha ou aplicativo financeiro. Em seguida, utilize a regra 50-15-35. Ela prevê a divisão do orçamento da seguinte forma:

  • 50% para gastos essenciais, como moradia e alimentação;
  • 15% para prioridades financeiras, isto é, pagamento de dívidas (se existirem) e realização de investimentos;
  • 35% para estilo de vida, como academia, jantares e almoços em restaurantes, viagens, passeios etc.

Ao separar a sua renda de acordo com essa recomendação, você consegue fazer tudo o que precisa e honrar seus compromissos sem se comprometer com novas dívidas.

Além disso, é importante reavaliar os gastos e verificar aqueles passíveis de corte ou eliminação. Assim, o percentual voltado para prioridades financeiras pode ser maior.

Por meio dessa regra, você elabora seu planejamento financeiro pessoal. Também é fundamental manter a planilha ou o aplicativo de gastos como um ato de disciplina. Afinal, ele ajuda a conquistar seus objetivos de curto, médio e longo prazos.

6. Como começar a investir

Já explicamos rapidamente que você deve investir e abrir uma conta na corretora de valores. Como fazer isso?

O primeiro passo é buscar uma instituição financeira confiável. Uma gestora de investimentos, por exemplo, oferecerá uma carteira de aplicações adequada ao seu perfil e com uma remuneração melhor.

Assim você receberá as orientações para construir seu patrimônio e ainda poderá sanar as dúvidas com consultores especializados. Em vez de aplicar as quantias sem um suporte apropriado, você conta com as informações de que precisa.

No entanto, é preciso ter atenção! Antes de empregar o seu dinheiro em investimentos variados, forme sua reserva de emergência.

Para isso, escolha aplicações com alta liquidez — ou seja, que permitem resgate a qualquer momento. Depois disso, é possível diversificar a sua carteira com ações, Certificado de Depósito Bancário (CDB), fundos de investimento e outras possibilidades.

Agora que você já entende um pouco melhor sobre finanças pessoais, que tal saber como cuidar melhor das suas receitas e despesas? Confira as 7 melhores ferramentas de controle financeiro para você organizar sua vida de uma vez por todas!

Andressa Siqueira, CFP®

Formada em Economia pela PUC-SP, é especialista em investimentos na Magnetis desde 2019. Possui as certificações CEA pela ANBIMA e de planejadora financeira CFP®, trabalha no mercado financeiro há mais de 8 anos.

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