Por que os maiores fundos de previdência rendem menos?
Você já pensou em investir em fundos de previdência privada? Sabe quais são os melhores investimentos para você? A partir de agora você vai conhecer as opções e entender que nem sempre a melhor alternativa é a que os grandes bancos oferecem.
Mas antes de começarmos, vamos entender melhor o que é essa aplicação financeira e esclarecer alguns conceitos.
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O que é um fundo de previdência?
Um fundo de previdência nada mais é do que um conjunto de aplicações financeiras cujo foco é rentabilizar o patrimônio com foco na aposentadoria.
Um fundo de previdência pode ser constituído por aplicações de renda fixa e de renda variável. O que vai determinar o nível de risco dessa aplicação é o plano elaborado pela gestora que monta esse fundo.
Existem diversos tipos de fundos de previdência privada. Os principais são:
- PGBL: Plano Gerador de Benefício Livre, cuja contratação é particular;
- VGBL: Vida Gerador de Benefício Livre, também com contratação particular;
- fundos de pensão: fundos elaborados por empresas para investir na aposentadoria de seus funcionários. Podem ser empresas públicas ou privadas.
Neste post, vamos nos concentrar no PGBL e no VGBL, aplicações que as pessoas podem contratar de forma direta, sem depender de uma empresa.
Isso porque, quando se trata de um fundo de pensão, os termos de negociação são diferentes. Tratam-se de entidades que negociam esses produtos no atacado e, dessa forma, têm acesso a condições que as pessoas físicas não têm de forma individual.
Qual é a rentabilidade de um fundo de previdência?
A rentabilidade de um fundo de previdência depende diretamente da política de alocação desse fundo.
Quando se trata de uma aplicação financeira mais conservadora, que busca evitar o prejuízo a qualquer custo, o fundo busca aplicações mais seguras no mercado, ou seja, investimentos de renda fixa.
Por outro lado, há fundos que são um pouco mais arrojados e podem ter alocações com nível de risco maior. Esses, no entanto, são fundos que miram bons resultados em prazos mais longos, geralmente acima de dez anos.
Em teoria, quanto maior é o risco de um fundo de previdência, maior deve ser o seu retorno no longo prazo. No entanto, é preciso prestar muita atenção, pois nem sempre é isso o que acontece na prática.
Por que os maiores fundos de previdência rendem menos?
Hoje no Brasil os maiores fundos de previdência estão concentrados em três grandes bancos:
- Brasilprev: previdência do Banco do Brasil
- previdência do Bradesco
- previdência do Itaú
No entanto, fizemos um estudo que mostrou algo preocupante: os dez maiores fundos de previdência do Brasil, que estão concentrados nesses bancos, não rendem acima do CDI.
Lembrando, o CDI é considerado a taxa livre de risco para quem investe no Brasil. Ou seja, é o mínimo de rentabilidade que um investimento seguro deve ter. Fora a poupança, é claro.
Mas por que isso acontece?
Por causa de algo que sempre mencionamos aqui no blog: as taxas cobradas por essas instituições.
Nos últimos anos, a taxa de juros no Brasil (a Selic) caiu de forma considerável. Como o CDI acompanha a Selic, também caiu junto com ela. No entanto, as taxas cobradas por essas instituições financeiras não foram reduzidas no mesmo passo.
Assim, a rentabilidade dos maiores fundos de previdência do Brasil ficou cada vez mais espremida entre a queda dos juros e as tarifas cobradas pelos grandes bancos. É literalmente pagar muito caro por um serviço não tão bom.
No entanto, existe uma forma de você aumentar a rentabilidade do seu fundo de previdência sem nenhum custo adicional.
Outro ponto que explica a rentabilidade mais baixa: na indústria de previdência privada, 91% dos recursos são aplicados em renda fixa.
Se você conhece o nosso método de investimento, sabe que nem sempre 100% de renda fixa é a melhor opção para investir para a aposentadoria.
Se os planos de sacar o dinheiro são para o longo prazo, por que não investir em recursos que entregam rentabilidade melhor? É claro, tudo depende do seu perfil e do seu objetivo quanto ao valor final da aplicação.

Portabilidade da previdência privada: o que é?
Os fundos de previdência têm uma característica bastante particular: é possível migrar um fundo para outra instituição sem nenhum custo. Basta apenas formalizar o pedido.
A portabilidade da previdência privada é vantajosa quando:
- outras instituições oferecem taxas mais baixas para investir;
- seu plano pode ser alterado para se encaixar melhor ao seu perfil de risco e aos seus objetivos.
Uma vez que você entendeu que precisa migrar seu plano, basta solicitar um extrato de sua previdência atual e apresentar à instituição para a qual você deseja mudar.
Um novo plano deve ser apresentado e, caso você concorde, basta executar os passos seguintes para concluir a migração.
Vale a pena fazer a portabilidade da previdência privada?
Como mencionamos, a portabilidade da previdência privada é uma alternativa gratuita para quem deseja um plano mais adequado para seus objetivos.
Ela vale a pena quando você percebe que poderia ter um benefício fiscal maior ou está pagando taxas altas demais, considerando a rentabilidade do seu plano.
Porém, mais importante do que ser PGBL ou VGBL, você precisa prestar atenção ao tipo de investimento que está dentro do seu fundo de previdência.
Se for um investimento muito arriscado para você, há risco de você perder dinheiro se sacar em um momento que não é o ideal.
Da mesma forma, você pode estar deixando dinheiro na mesa se estiver em um plano conservador demais para o seu perfil.
Seja como for, sempre reforçamos que o ideal é fazer um planejamento financeiro e respeitá-lo. Só assim será possível chegar com mais segurança onde você deseja.
Se quiser ajuda para avaliar o seu fundo de previdência, fale conosco. Podemos avaliar os seus investimentos atuais e recomendar as melhores alternativas para o seu perfil e os seus objetivos. Escreva para nós no [email protected] e tire suas dúvidas!