Invista agora
a evolução na edução financeira, conheça a Magnetis.

Você pode investir de um jeito melhor, e nós podemos provar.

Baixe o app!

Afinal, o que é o INPC? Entenda mais neste post!

Quando a inflação sobe, o poder aquisitivo da população diminui. Como, então, estimar um reajuste para que o salário mínimo não fique defasado? Para realizar esse cálculo, governo e entidades trabalhistas se baseiam no INPC — Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Mas você sabia que esse indexador também é utilizado pelo mercado financeiro

Atualmente, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice de inflação de maior referência no Ibovespa. Por abranger a maior parte da população brasileira, é com base nele que o governo estipula a meta de inflação e ajusta a Selic. Por consequência, ele também é o indexador de inflação mais usado pelo mercado financeiro. 

Porém, cada setor da sociedade sente o aumento de preços de forma diferente. Considere, por exemplo, o aumento nas tarifas de transporte público. Ele certamente terá maior impacto no orçamento de uma família de menor renda que de uma família de alta renda, que utiliza veículo próprio. 

É por isso que órgãos como o IBGE e a FGV desenvolveram outros índices que medem a inflação em grupos específicos da população. O INPC está entre os mais importantes deles, e pode influenciar na compra e venda de alguns ativos. Se você tem dinheiro aplicado, leia este artigo e saiba por que você deve acompanhar o INPC!

Contents

O que é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor? 

O INPC é um índice criado em 1979 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Seu objetivo é embasar o cálculo de reajustes salariais

A principal diferença em relação ao IPCA é que ele tem um recorte para a população com baixa renda. Quanto menor for o salário do trabalhador, mais ele sofrerá com o aumento dos preços. Isso porque itens essenciais têm um peso maior ao final do mês. 

De acordo com a Constituição, o salário mínimo deve ser reajustado para manter o poder de compra do cidadão ao longo dos anos. Por isso o INPC é usado como base. Ele reflete melhor a realidade dos trabalhadores de menor renda e dos aposentados, os mais influenciados pelos reajustes do salário mínimo. 

Como o INPC é calculado? 

O INPC mede o impacto da inflação em famílias de áreas urbanas cuja pessoa de referência é assalariada, ganhando entre 1 e 5 salários mínimos. Hoje, ele reflete a realidade de cerca de 50% das famílias brasileiras. 

Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), o cálculo cruza dois parâmetros principais:

  • os preços praticados nas cidades incluídas no Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC);
  • o peso de cada item na cesta de consumo dessa faixa populacional. 

Atualmente, a pesquisa acontece em algumas cidades e suas regiões metropolitanas. São elas: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Goiânia e Campo Grande. 

São considerados os gastos com 9 grandes itens da cesta de consumo que, por sua vez, têm centenas de subitens. Confira quais são eles e os seus respectivos pesos (em dezembro de 2019):

  • alimentação e bebidas — 21,99%
  • transportes — 19,89%
  • habitação — 17,51%
  • saúde e cuidados pessoais — 11,78%
  • despesas pessoais — 8,14%
  • comunicação — 6,09%
  • vestuário — 5,44%
  • artigos de residência — 4,57%
  • educação — 4,54%

O IBGE coleta os dados, normalmente, entre os dias 1º e 30 de cada mês de referência. A consulta é feita em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços e concessionárias de serviços públicos e de internet. Também é realizada por meio de entrevistas em residências. 

Qual é a relação do INPC com os investimentos? 

Uma das premissas de um bom investimento é que seus rendimentos sejam sempre superiores à inflação. Portanto, acompanhar o IPCA ou o INPC é tarefa básica de quem está no mercado financeiro. Porém, além de ser um termômetro da economia, existem outros motivos para você observar a taxa de INPC. Confira a seguir.

Ele influencia nos resultados da maioria dos fundos de pensão

Por estar relacionado ao aumento salarial, o INPC é o indexador mais utilizado nas metas dos fundos de pensão

Quando o INPC é maior do que o IPCA, tende a ser mais difícil que os fundos batam suas metas atuariais. Isso acontece porque essas entidades, por sua vez, costumam aplicar em títulos vinculados ao IPCA, como o NTN-B. 

Quando o INPC está maior que o IPCA, o crédito oferecido pelos fundos costuma ser maior que os rendimentos que ele obtém com títulos públicos. 

Alguns títulos privados ainda são indexados ao INPC

Embora sejam raras, existem algumas opções de títulos privados indexados ao INPC. Por exemplo, certos tipos de LCA híbridos. Esses podem usar como índice o INPC + uma taxa de juros definida. 

Ele sinaliza quando é bom negociar títulos públicos

Para controlar a inflação, o governo aumenta a taxa Selic por meio da oferta de mais títulos públicos ao mercado financeiro, que ficam mais baratos. Por isso, o aumento do INPC sinaliza uma boa oportunidade para comprar títulos públicos de renda fixa, como o Tesouro Selic ou IPCA. O mesmo é válido para qualquer outro índice de inflação. 

Da mesma forma, em momentos de baixa inflação, é mais vantajoso investir em renda variável, pois esse cenário favorece o crescimento das empresas. 

É uma forma de acompanhar o desempenho do agronegócio

O INPC reflete de forma mais precisa o aumento de itens da cesta básica, como a carne, o ovo e a soja. Fazer um acompanhamento do INPC ajuda a entender quais setores do agronegócio estão ganhando ou perdendo espaço no carrinho de compras do consumidor. Esse é um termômetro importante para traçar estratégias e tomar decisões se você investe em ativos ligados ao agronegócio. 

Agora que você já sabe tudo sobre o INPC, talvez pareça um pouco complicado acompanhar de perto todos os indicadores importantes do mercado financeiro. É por isso que uma consultoria pode fazer toda a diferença para o seu dinheiro render. Para tirar todas as suas dúvidas sobre o INPC e se aprofundar no tema, baixe gratuitamente nosso guia de consultoria de investimentos!

Andressa Siqueira, CFP®

Formada em Economia pela PUC-SP, é especialista em investimentos na Magnetis desde 2019. Possui as certificações CEA pela ANBIMA e de planejadora financeira CFP®, trabalha no mercado financeiro há mais de 8 anos.

leia mais desse autor