Inteligência financeira: o que é e como desenvolvê-la para investir melhor?
Geralmente, quem está dando os primeiros passos no mundo dos investimentos acha que saber logo de cara qual é a rentabilidade do produto escolhido é o primeiro passo a ser seguido.
Entretanto, essa informação é apenas um dos critérios a ser levado em consideração quando se quer investir, e nem sempre a aplicação que rende mais é a mais adequada para aquele cliente. Mas então se não é tão simples assim o que é necessário fazer para investir da melhor forma possível?
O segredo para saber investir bem também passa por uma boa dose de inteligência financeira. Isto é, a capacidade de tomar boas decisões sobre o dinheiro e os investimentos de maneira mais consciente e assertiva.
Embora este tema possa parecer complicado; na prática, cuidar melhor das suas finanças pode ser bem mais simples do que parece. Tudo depende de organização e autoconhecimento. Neste artigo, falaremos um pouco sobre essas habilidades e como desenvolvê-las. Continue lendo!
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O que é inteligência financeira e qual sua importância?
Podemos dizer que inteligência financeira é o nome dado ao conjunto de capacidades que nos levam a tomar decisões adequadas envolvendo nosso dinheiro. É uma combinação de diversas habilidades, como:
- conhecimento sobre o mercado financeiro e seus produtos;
- clareza ao definir objetivos financeiros pessoais;
- disciplina para seguir um planejamento;
- resiliência na hora de resistir aos gastos por impulsos;
- consciência do seu próprio perfil de investidor;
- controle das finanças pessoais: definição de despesas e ganhos.
A inteligência financeira é crucial para se ter sucesso na relação com seu dinheiro. Quem desenvolve essas habilidades passa a ter uma relação melhor com as finanças e com o consumo.
Isso, inclusive, independe do valor do salário: mesmo quem ganha pouco pode aprimorar sua capacidade de lidar com as escolhas referentes a compras e despesas, de forma a evitar o endividamento e construir um patrimônio.
Como desenvolver a sua inteligência financeira?
O desenvolvimento da inteligência financeira está diretamente ligado à capacidade de tomar boas decisões no que se refere ao nosso dinheiro. Para alcançar essa habilidade, é necessário cultivar bons hábitos e adquirir conhecimento sobre o mercado.
Mas não se preocupe, você não precisa se tornar um especialista para conseguir tomar fazer as melhores escolhas financeiras. Claro que ter um certo conhecimento ajuda muito nesse caminho, mas a boa notícia é que é possível lidar com suas finanças de forma inteligente com técnicas simples.
A seguir, apresentaremos uma série de práticas que, aos poucos, vão desenvolver em você o discernimento para fazer as melhores escolhas possíveis com seu dinheiro. Acompanhe!
Tenha um orçamento e controle seus gastos
Para saber fazer escolhas corretas com o seu dinheiro, é preciso conhecer bem sua situação financeira. Um bom instrumento para isso é o orçamento pessoal. Ele pode ser feito com o auxílio de aplicativos e planilhas. Se você não se sente muito confortável com a tecnologia, um caderno também serve!
Independentemente da forma escolhida, o importante é ter um controle de gastos e ganhos. Assim, você passa a saber de onde vem seu dinheiro e para onde ele vai. Categorizar despesas também ajuda a entender melhor quais são os maiores “vilões” do seu orçamento.
A partir daí, é possível definir metas, que devem ser acompanhadas ao longo do mês para que você não gaste mais do que pode. Equilibrar entradas e saídas e evitar o endividamento são algumas das principais conquistas que a inteligência financeira traz!
Defina objetivos financeiros
Você só sabe que caminho escolher quando decide seu destino, não é mesmo? Essa premissa também vale para sua vida financeira: é preciso ter objetivos bem definidos para saber como gastar seu dinheiro.
O que você quer fazer com ele depende, em parte, de quem você é, em que momento você está na vida, quais são seus valores e sonhos. Porém, há dois objetivos básicos que todo mundo deveria perseguir:
- uma reserva de emergência, isto é, um dinheiro para ficar guardado e ser usado em caso de despesas inesperadas;
- um patrimônio para a aposentadoria, de forma a manter a qualidade de vida ao parar de trabalhar.
Além disso, muitas outras sonhos e desejos podem ser encaradas como objetivos financeiros: comprar um carro, fazer uma viagem, pagar um curso de aprimoramento profissional, casar e ter filhos. Você pode inclusive definir metas para diferentes sonhos, ou seja você não precisa ter só um deles.
O importante é saber qual é a quantia necessária para realizar cada uma dessas ideias e qual o prazo desejado. Desta forma, fica muito mais fácil se sentir motivado a poupar todo mês para alcançar uma ou mais metas.
Estude o mercado e conheça os produtos financeiros
Depois de definir quais são seus objetivos, é vital que você saiba em quais produtos financeiros deve aplicar seus recursos para conseguir atingir seus sonhos. Você não precisa se tornar um precisa em investimentos, mas ter pelo menos algum conhecimento sobre finanças já te coloca bem acima da média frente a maioria das pessoas e ainda mais perto de atingir os seus objetivos. Ter esta noção é importante, porque o mercado oferece grande diversidade de investimentos, e cada um deles é mais adequado para uma finalidade.
Fundos DI, por exemplo, oferecem boa liquidez, pois dão a possibilidade de sacar o dinheiro a qualquer momento, o que os torna uma boa opção para formar uma reserva de emergência. Já títulos de crédito privado como CDBs, LCIs e LCAs podem oferecer boas rentabilidades em longo prazo, sendo indicados para quem busca acumular dinheiro para a aposentadoria, por exemplo.
Você deve conhecer as especificidades de cada investimento e saber como cada um deles se adapta melhor ao prazo e às necessidades de cada objetivo. Mas não se preocupe! Se achar tudo muito complicado neste processo, uma dica é contar com a ajuda de uma consultoria de investimentos.
Saiba qual o seu perfil de investidor
A inteligência financeira também tem a ver com autoconhecimento. Saber qual sua tolerância a riscos é fundamental para decidir quais os investimentos mais recomendados para você. É o chamado perfil de investidor, que pode apontar qual o portfólio de investimentos ideal para a sua realidade.
Há pessoas mais conservadoras, que se sentem mais confortáveis com aplicações que tenham baixo risco mesmo que isso signifique um crescimento lento e gradual de seu patrimônio, como aquele proporcionado pela renda fixa, por exemplo.
Enquanto outras pessoas, mais arrojadas, não se incomodam com o sobe e desce dos preços das ações, focam na possibilidade de ganhos maiores mesmo que possa haver perda de capital. Não existe certo ou errado, nem perfil melhor ou pior. O ideal é que cada pessoa identifique o seu e siga a recomendação indicada.
Respondendo de forma sincera a um questionário que é oferecido por instituições financeiras, é possível descobrir qual o nível de oscilação aceitável para você. Isso também leva em consideração sua idade, seu patrimônio atual e seu conhecimento do mercado.
Poupe assim que receber
O investimento é uma espécie de remuneração para o seu “eu do futuro”. Por isso, ele deve ser sua prioridade: encare-o como uma despesa regular, como as contas, o aluguel e as prestações. Assim que receber seu salário, aplique aquele dinheiro. Existe um conceito chamado “Pague a si mesmo” que exemplifica bem esta prática. Ter essa disciplina pode fazer a diferença.
O ideal é que você consiga poupar um percentual fixo da sua renda. Muitas vezes, nossa vida financeira está bastante desorganizada, e não é possível começar com uma fatia tão grande.
Nesse caso, invista menos, algo como 5%, ou até mesmo uma quantia mínima, como R$ 10 por mês. O importante é dar um primeiro passo e tornar este um hábito a ser seguido com bastante disciplina. Aos poucos, vá aumentando esse valor até chegar à faixa ideal.
Entenda a importância do tempo
Pequenos valores investidos crescem exponencialmente ao longo do tempo, graças à força dos juros compostos. Por isso, começar o quanto antes é essencial para construir patrimônio e alcançar seus objetivos.
Além disso, pensar no tempo e relacioná-lo ao dinheiro é uma ótima forma de evitar gastos por impulso. Na hora de escolher entre comprar ou não alguma coisa, pense em quanto tempo do seu trabalho é necessário para ganhar aquela quantia. Assim, você passa a valorizar melhor não só o seu salário mas seu tempo. Acredite, o tempo também é um recurso muito precioso!
Agora você já sabe o que é inteligência financeira e o que é preciso fazer para desenvolvê-la de forma simples! Para continuar estudando e se informando sobre esse assunto acompanhe nosso blog Fique por dentro das novidades seguindo a Magnetis nas redes sociais : Facebook, no Twitter, no LinkedIn e no YouTube!