Vale a pena investir em ouro? Conheça as vantagens e desvantagens!
Em tempos de desaceleração da economia somada à alta volatilidade de ativos no Brasil e no mundo, quem investe tem sempre um tipo de investimento que é refúgio certo: o ouro. Durável, um dos metais mais preciosos do mundo é visto como uma proteção. É também uma forma de diversificar a carteira de aplicações financeiras. Mas, afinal, vale a pena investir em ouro?
Primeiro, há muitas dúvidas sobre como é possível aplicar dinheiro na commodity.
Não é necessário ter um aparato de segurança ou um cofre: a forma mais simples e segura de investir em ouro é comprando contratos do metal na bolsa de valores por meio de uma corretora.
Também se costuma pensar que é necessário muito dinheiro para aplicar no metal, mas há contratos fracionados comercializados pela bolsa que podem custar menos de R$ 50.
Escasso, em momentos de alta da procura o ouro pode ter uma valorização atrativa. Mas é necessário entender bem o que pode impactar sobre o preço do metal antes de optar por esse tipo de investimento.
Quer saber quais as vantagens e desvantagens da aplicação financeira em ouro? Aprenda neste post!
Contents
O que influencia o valor do ouro?
Inflação
Quando a inflação aumenta, cresce a procura por moedas estáveis e investimentos seguros. Como consequência, o preço do ouro, atrelado ao dólar, sobe.
Cotação do dólar
O preço do ouro é definido em dólar. Portanto, sua cotação é influenciada pelos altos e baixos da moeda americana. Quando o dólar se valoriza, o preço do ouro também sobe.
Cenário econômico
Grandes eventos políticos e econômicos, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China, influenciam no preço do ouro porque costumam causar estresse no câmbio.
Para quem é recomendado?
O ouro é recomendado para objetivos de longo prazo ou para quem deseja diversificar investimentos com segurança. Visto como uma reserva de valor, o metal preserva o capital e compensa o risco de outras aplicações em período de volatilidade de ativos.
Quais são as vantagens?
Comercializado mundialmente, o ouro é um investimento seguro porque é um bem natural finito, que não pode ser fabricado e, portanto, não está sujeito a intervenções de governos na economia.
Ou seja, sua cotação tende a ser mais estável do que a de outros ativos, como moedas.
Portanto, o ouro pode ser usado como proteção contra desvalorizações do dólar e o aumento de índices de preços. Além disso, pode registrar uma rentabilidade maior do que a de investimentos seguros ao longo dos anos, como os de renda fixa.
E as desvantagens?
O ouro pode ter baixa liquidez em momentos de queda da demanda e em períodos de crescimento da economia, quando perde a atratividade. Portanto, a aplicação no metal não é indicada para objetivos de curto e médio prazo.
Além disso, contratos mais acessíveis são menos negociados na bolsa. É necessário ter capital disponível para ter mais liquidez.
Por ser uma commodity, o ouro sofre interferência do clima, que pode dificultar sua extração na natureza e aumentar a sua cotação no mercado.
Apesar de ser mais conservadora, a aplicação não é coberta pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) como outros investimentos seguros, a exemplo de CDBs, LCIs e LCAs.
Adquirido em barras nas distribuidoras, no mercado informal ou também na forma de joias, o ouro exige ainda despesas com segurança, além de uma negociação mais complexa.
Por isso, o investimento em contratos negociados em bolsa , isto é , que dispensa qualquer contato físico com o metal, é o mais indicado para quem deseja segurança e transparência na negociação.
Quais são os tipos de contrato?
O ouro é negociado na bolsa por meio de três tipos de contratos. Conheça a seguir cada um deles.
Padrão
Negocia-se uma barra de ouro de 250 gramas. Atualmente, tomando como base a cotação atual da grama do ouro (R$ 192) cada contrato vale cerca de R$ 48 mil. É negociado no mercado futuro, a termo, de opções e à vista.
Fracionário 1
Negocia-se 10 gramas de ouro. Atualmente, cada contrato equivale a R$ 1.920, levando em conta a cotação atual da grama do ouro. Só é negociado no mercado à vista.
Fracionário 2
Comercializa-se 0,225 grama de ouro. Ou seja, atualmente, custa menos de R$ 50. Sua negociação acontece apenas no mercado à vista.
Como investir em ouro?
Quem deseja investir no metal precisa abrir conta em uma corretora. É a instituição financeira que vai intermediar a compra e venda dos contratos na bolsa, de forma semelhante a ações. E, o melhor, todo o processo é online.
Para realizar esse tipo de operação, a corretora precisa ser credenciada pela bolsa. Isso é importante para dar maior segurança. Entretanto, as transações têm custos.
Será necessário pagar uma taxa de custódia mensal à B3 e uma taxa pela intermediação da operação à corretora.
Quem aplica em ouro também está sujeito a 15% de alíquota do Imposto de Renda sobre o ganho de capital de cada operação, mas apenas se o lucro ultrapassar R$ 20 mil a cada mês.
Vale a pena investir em ouro?
Depois de conhecer mais sobre as características do metal e o que influencia a cotação do ativo, fica a dúvida se vale a pena investir em ouro.
Se você não tem experiência com investimentos e não está certo se vai precisar resgatar o dinheiro no curto e médio prazo, a aplicação em ouro não é recomendada.
O ouro é uma commodity e, por conta disso, sua cotação pode sofrer oscilações imprevisíveis, que demandam acompanhamento.
Para quem não pode monitorar o investimento, é necessário um período longo de aplicação para que a cotação do metal se equilibre, já que passará por diferentes ciclos econômicos.
Caso seu objetivo financeiro seja de longo prazo e você já está acostumado a investir, pode ser interessante que o ouro faça parte de sua carteira de investimentos.
Por conta dos riscos envolvidos na transação, a commodity deve ser vista apenas como um dos instrumentos de diversificação, que protege contra turbulências econômicas.
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