Conheça a IOTA, a criptomoeda da Internet das Coisas
As criptomoedas estão conquistando cada vez mais público. A mais conhecida delas é o bitcoin mas, nos últimos tempos, outra moeda virtual tem atraído bastante atenção: a IOTA, a moeda da Internet das Coisas.
Neste artigo, você vai entender melhor como a IOTA funciona, por que essa criptomoeda é importante e como ela pode fazer parte da sua carteira de investimentos. Vamos lá?
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O que é a IOTA?
Criada por David Sønstebø, Sergey Ivancheglo, Dominik Schienere e Serguei Popov em 2015, a IOTA se posiciona como a espinha dorsal da Internet das Coisas, (do inglês, Internet of Things ou IoT).
IoT é uma tecnologia que permite transmitir dados entre diversos pontos e controlar o funcionamento de cada um deles. O processo busca replicar a forma como nossas ideias são transmitidas por meio da ligação entre os neurônios. Esses pontos são os aparelhos inteligentes (também chamados de smart): eles podem ser desde celulares até carros e eletrodomésticos.
Em 2018, tínhamos pouco mais de 11 bilhões de aparelhos inteligentes conectados pela Internet das Coisas. Em 2020, veremos esse número crescer para mais de 20 bilhões.
Nesse contexto, a IOTA busca se tornar o principal meio de pagamento dos aparelhos inteligentes. Ela pode ser usada quando você abastecer seu carro, comprar produtos em um supermercado ou assistir a um conteúdo pago na televisão, por exemplo.
Por trás de aplicações tão simples, está um sistema de transmissão e validação complexo e totalmente diferente do visto no bitcoin, conforme explicaremos a seguir.
Como funciona essa criptomoeda?
Assim como acontece com o bitcoin, a IOTA é uma criptomoeda de controle descentralizado. Enquanto moedas comuns são administradas por bancos e por instituições financeiras, as criptomoedas permitem que dados e transações sejam validados de forma distribuída.
Para os criadores do bitcoin, a melhor maneira de garantir a segurança dessas operações é por meio de uma tecnologia chamada blockchain. Como o próprio nome sugere, o blockchain armazena transações em uma base de dados feita de blocos sequenciais.
Eles são colocados um após o outro, depois da validação dos registros anteriores e de sua conexão com os próximos blocos. Porém, o blockchain ainda enfrenta desvantagens, como custos altos para realizar operações e o tempo gasto para que elas se concretizem.
A IOTA se propõe a resolver tais problemas por meio de sua própria tecnologia, chamada de tangle. Esse algoritmo promete realizar transações de forma ágil, segura e sem taxas. Enquanto o blockchain trabalha em uma sequência de blocos, o tangle se assemelha aos nós de uma rede, sem uma sequência ou uma ligação dirigida de um ponto A para um ponto B. Na matemática, essa formação de pontos é conhecida como um Grafo Acíclico Dirigido, ou DAG na sigla original (Directed Acyclic Graph).
Além da distinção entre os algoritmos blockchain e tangle, as formas de obter bitcoin e IOTA também são diferentes. O bitcoin é “minerado”. Isso significa ter um computador com altíssima capacidade de processamento para encontrar sequências de blocos de transações compatíveis e, em troca de tanto esforço de validação, ser recompensado em bitcoins.
Já a IOTA pode ser validada de forma mais simples. Seus compradores conferem apenas duas transações, e não blocos e sequências. Em troca, os usuários recebem a validação de sua própria transação.
Hoje, a IOTA é supervisionada por uma entidade sem fins lucrativos chamada IOTA Foundation.
Quais são os benefícios da IOTA?
Como vimos, o tangle requer menos trabalho computacional para validar transações do que o blockchain. Com isso, a transmissão de criptomoedas e dados é feita de maneira mais ágil e aumenta o potencial de expansão de uso, também conhecido como escalabilidade.
Já que toda validação foi feita previamente por usuários em troca da confirmação de sua própria transação, a IOTA não os recompensa com criptomoedas e não cobra taxas adicionais para enviar ou receber.
O blockchain é um sistema pesado. O espaço ocupado no computador ou aparelho móvel força muitos compradores de bitcoin a usarem versões mais leves, sem todos os blocos — o que pode prejudicar a segurança do sistema.
Já o tangle armazena a informação em forma de módulos sem sequência, deixando o sistema mais leve sem afetar sua resistência a ataques feitos por hackers. Também é possível realizar as transações offline, mas elas serão validadas e completadas apenas quando o dispositivo se conectar à internet.
Um último benefício da IOTA é servir como forma de diversificação dos seus investimentos. Ter seu dinheiro distribuído entre várias aplicações complementares (ou seja, enquanto uma está se desvalorizando a outra tende a se valorizar) é uma ferramenta poderosa para obter mais retornos com menor risco.
Mesmo em aplicações voláteis como as criptomoedas, investir em diversos tipos de moedas virtuais ajuda a reduzir o risco do investimento. A IOTA pode ser uma parte da sua carteira de criptomoedas, convivendo com o bitcoin e as outras quase 900 moedas virtuais existentes, para que uma queda brusca de alguma criptomoeda específica não contamine todos os seus investimentos.
Quais são as aplicações?
Não ter taxas aumenta o potencial de expansão do uso da IOTA em microtransações diárias e, com isso, viabiliza sua presença em diversos aparelhos dotados de Internet das Coisas. A criptomoeda poderá ser utilizada para validar pagamentos que envolvam tais equipamentos, debitando automaticamente os valores de sua carteira digital.
A IOTA permitirá rapidamente e de forma segura o pagamento envolvido em atividades como:
- fazer uma bomba de combustível começar a abastecer um carro;
- alugar um veículo por quilômetro rodado;
- liberar a fechadura de uma geladeira de supermercado para carregar seu carrinho de compras;
- disponibilizar um conteúdo em uma televisão inteligente.
Outra aplicação da IOTA e da tecnologia tangle está fora do ramo da Internet das Coisas: criar e implementar contratos inteligentes, garantindo segurança a uma assinatura digital sem o custo e a demora de validação da tecnologia blockchain.
Como investir em IOTA?
A IOTA é negociada em MIOTA, ou um milhão de IOTAS. A cotação da MIOTA está em cerca de 0,29 dólares. O valor de mercado da IOTA ronda os 788 milhões de dólares, colocando-a na 21ª posição entre as criptomoedas nesse quesito.
O retorno sobre o investimento em MIOTA é avaliado em 2100%, mas vale lembrar que criptomoedas são investimentos bem voláteis: apenas nos últimos doze meses, a cotação da MIOTA caiu 72,3%.
As maiores exchanges (plataformas de compra e venda de criptomoedas) de MIOTAS são Binance e Bitfinex, de acordo com o volume negociado durante a escrita deste artigo.
Para comprar a criptomoeda por meio delas, é preciso se cadastrar nas exchanges e seguir os procedimentos para validação do usuário e para segurança da conta. Depois, escolha a quantidade de MIOTAS a comprar e pague com cartão de crédito, com sistemas digitais como PayPal ou com Altcoins, por exemplo.
As MIOTAS deverão ser armazenadas em uma carteira digital. Para mais segurança, crie uma wallet própria e não confie apenas na administração dentro das exchanges. Com isso, caso o sistema delas venha a falhar ou sofrer ataques, você terá uma cópia de seus dados financeiros.
As criptomoedas e exchanges especializadas já têm anos de história e fazem parte das carteiras de investimento dos que buscam maior rentabilidade, acompanhada de maior exposição ao risco diante do sobe e desce de cotações. A IOTA une a tendência das moedas virtuais à tendência da Internet das Coisas.
O “dinheiro do futuro” — incluindo a IOTA — se aproxima do nosso presente com foco em agilidade, segurança e fim das taxas. Quer entender mais sobre as criptomoedas? Então confira o nosso Guia Completo sobre Criptomoedas e tire suas dúvidas!