Matching em Previdência: entenda o que é e as principais regras
O matching em previdência privada, ao contrário do que muitas empresas pensam, não é somente para multinacionais milionárias. Há um crescimento na tendência mundial em decidir por conta própria sobre o futuro financeiro. Isso vale para o quanto e quando se está investindo para ter esse suporte.
Afinal, estamos vivendo um momento de grandes alterações financeiras, em que as pessoas mudam mais de emprego e vivem mais depois que se aposentam. E essa aposentadoria não ocorre somente por idade ou tempo de contribuição.
Sendo assim, é sempre bom ter em mente uma opção mais segura para a empresa e para o colaborador. Quer entender mais sobre esse matching em previdência? Continue a leitura!
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O que é o matching em previdência?
O matching em previdência é uma tática para incentivar os colaboradores a aceitar investir em conjunto com a empresa. Basicamente, isso é feito com um acordo de que, em parte, seus aportes serão cobertos por ela em caso de perda de valor.
Assim, a empresa tem o apoio deles para fazer a previdência privada, que visa retornos maiores do que a renda fixa renderia no mesmo período. Isso faz com que ela seja um pouco mais arriscada.
Além disso, o matching em previdência permite o planejamento financeiro de todos os envolvidos. Afinal, é um aporte mensal previamente combinado, cujo valor é definido tanto pela empresa quanto pelo colaborador.
Como os rendimentos são melhores que os da renda fixa, esta iniciativa ajuda a atrair e reter novos talentos, pois eles percebem que a companhia tem verdadeira preocupação com os colaboradores e oferece um plano melhor que a previdência tradicional.
Quais são os benefícios da previdência corporativa com match?
Esse plano pode trazer mais benefícios do que gastos se for pensado com inteligência. A aplicação faz a contribuição da empresa no plano do colaborador custar até 60% menos em relação ao mesmo valor pago na forma de salário.
Outro ponto é o vesting, que só permite que o valor seja realmente incorporado à conta do profissional após certo tempo de investimento. Isso precisa ser comunicado com clareza ao colaborador, uma vez que, se ele sair da empresa antes do período mínimo estipulado, poderá perder o benefício ou parte dele.
A segurança financeira afeta diretamente o desempenho dos colaboradores. Uma pessoa pode se tornar mais produtiva quando se sente despreocupada, sabendo que sua vida financeira está sendo bem cuidada.
Além disso, há diversos benefícios fiscais envolvidos. Isso inclui uma dedução no Imposto de Renda, que pode chegar ao teto de 20% do valor da folha salarial dos que aderiram ao plano.
Para isso, é necessário que a empresa faça o regime de tributação do lucro real e liste os gastos como despesas operacionais. O que ultrapassar esse limite pode abater parte da base de cálculo da CSLL, Contribuição Social sobre Lucro Líquido.
Como as contribuições que a empresa faz no plano corporativo de previdência privada não são consideradas salário, ela não paga encargos trabalhistas sobre elas. Portanto, é uma questão que oferece múltiplos benefícios para a empresa — e também para os profissionais que trabalham nela.
Quais são as principais regras para o matching em previdência?
O vesting pondera que a principal regra do matching em previdência é o tempo de permanência do colaborador na instituição. Ou seja, sua contribuição para o fundo é um fator essencial.
De acordo com uma pesquisa feita pela Aon, 80% das empresas permitem resgate da previdência privada.
Cada empresa decide quanto quer contribuir, se e quando vai permitir resgate e qual será a porcentagem em relação ao tempo. Tudo isso deve estar claro para todos os colaboradores desde o início.
A carência para o resgate também pode ser personalizada. Por exemplo, ele pode ser feito quando o colaborador sair da empresa ou ao longo do tempo. Deixar isso a critério do profissional pode dar a ele a segurança de ter um suporte financeiro em algum momento de dificuldade.
Como definir a estratégia da previdência da empresa?
Para definir uma estratégia coerente para a sua empresa, pense nas necessidades de todos os envolvidos, tanto da instituição quanto da equipe. O estresse e a preocupação dos colaboradores pode levar à queda de produtividade e a uma alta rotatividade. E isso gera uma questão financeira mais complexa de lidar.
Investir também na educação financeira dos colaboradores é importante. Afinal, pessoas que têm saúde financeira são mais tranquilas quanto ao futuro e fazem melhores escolhas para si e para os outros ao seu redor.
Por fim, também vale a pena atentar aos benefícios corporativos como um todo. A retenção de talentos na empresa não deve ser feita de modo forçado. Isso levaria a pessoa a ficar ali só para não ter prejuízos financeiros ou profissionais. A ideia é fazer com que eles enxerguem que há, de fato, um ganho na relação entre empresa e colaborador.
Um ambiente de trabalho saudável, não autoritário e que aceita críticas retém as pessoas de modo natural. Elas vão permanecer na companhia e o vesting será uma segurança pouco usada pela empresa. E o bom é que a estratégia pode ser definida levando em conta a equipe e seus planos de carreira.
O matching em previdência visa facilitar e cuidar da vida financeira de todos com um acordo entre empresa e colaborador. Com a contribuição de ambos e um rendimento melhor, os retornos serão maiores que os esperados na renda fixa.
Essa é uma alternativa melhor para a empresa, que consegue economizar de diversas formas. Também é boa para o colaborador, que recebe mais do que receberia da forma tradicional. Você gostou de entender melhor sobre matching em previdência? Então aproveite para conhecer também quais são os planos de previdência privada empresarial e fique ainda mais por dentro do assunto!