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Pirâmide financeira, golpes e fraudes em investimentos: veja como se prevenir

Pirâmide financeira, golpes e fraudes em investimentos sempre começam com uma promessa de ganhar dinheiro rápido e fácil. Esse ganho costuma ser bem maior do que o de aplicações tradicionais do mercado financeiro.

Por necessidade ou ganância, algumas pessoas entram em negócios que parecem ser lucrativos. Porém, eles acabam se revelando artimanhas para roubar dinheiro das pessoas.

Mais recentemente, a Polícia Federal e o Ministério Público começaram a desmantelar alguns esquemas de pirâmide envolvendo o bitcoin.

Estima-se que cerca de 4 milhões de pessoas tenham caído em esquemas envolvendo promessas de ganho de até 50% com bitcoin e forex (negociação com moedas), investimentos mais arriscados até do que a bolsa de valores.

A seguir, vamos relembrar alguns casos de pirâmides financeiras que foram notícia. Também vamos mostrar as principais características desses esquemas e a quem você pode recorrer caso tenha caído em algum deles.

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Contents

Os casos mais recentes de pirâmides financeiras no Brasil

Ganhar dinheiro rápido e fácil é algo que já atraiu milhares de pessoas pelo mundo ao longo da história. No Brasil não é diferente.

Os casos mais recentes de pirâmides financeiras envolvem investimentos de alto lucro, que prometem pagar retornos acima de 1% ao mês, mas que na verdade se revelam verdadeiras armadilhas. Confira a seguir:

1 – Unick Forex

A Unick Forex é uma empresa do Rio Grande do Sul que ofertava investimentos em bitcoin. A promessa era dobrar o capital investido em seis meses.

Em outubro, os principais sócios da empresa foram presos pela Polícia Federal e tiveram seus bens apreendidos. Estima-se que a Unick Forex tenha movimentado mais de R$ 2 bilhões.

2 – Wolf Trade Club

Um suposto investimento que prometia lucro de 50% sobre o capital investido. Essa era a promessa da Wolf Trade Club, cujos sócios também foram presos pela PF em outubro.

A empresa do Paraná é acusada de dar um golpe de R$ 30 milhões em cerca de 200 clientes.

No início, a empresa vendia cursos sobre mercado financeiro, uma atividade legal. Depois, no entanto, partiu para o esquema irregular de captação de dinheiro.

Segundo a empresa, os ganhos eram obtidos com operações day trade na bolsa de valores.

3 – Alcateia Investimentos

Um dos casos mais famosos de golpes financeiros no Brasil é o da Alcateia Investimentos, um autodenominado grupo de investimentos que prometia ganhos de até 2% ao dia. No entanto, esse grupo não era confiável.

A empresa deixou de cumprir algumas cláusulas de seus contratos e teve a administração assumida por outra instituição: a Maximus Digital. No início de 2018, a Maximus Digital fechou e deixou 50 mil pessoas no prejuízo.

4 – AI e Albuquerque Consultoria

Em março de 2019, um segundo golpe terminou em tragédia no Rio de Janeiro. Um agente autônomo de investimentos ligado ao escritório Bank Rio/Invest Smart e à  XP Investimentos cometeu suicídio após dar um golpe de R$ 20 milhões em investidores.

Ele captava clientes nessas plataformas e prometia ganhos maiores para quem passasse a investir por meio de sua empresa, a AI e Albuquerque Consultoria. As transações eram feitas fora da plataforma do Bank Rio e da XP.

5 – JJ Invest

Também ocorrido no Rio de Janeiro, o caso da JJ Invest foi descoberto em fevereiro de 2019. Ele atingiu atores da Rede Globo, jogadores de futebol e outras personalidades.

A JJ Invest ficou famosa ao prometer ganhos de 10% ao mês. Inclusive, ela chegou a patrocinar o time de futebol Vasco da Gama.

Antes da descoberta da fraude, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já havia alertado investidores em agosto de 2017, pois a empresa atuava sem registro junto ao órgão.

6 – InDeal Investimentos

Outro caso mais recente é o da InDeal Investimentos, desta vez envolvendo criptomoedas. A pirâmide teria movimentado R$700 milhões de reais prometendo ganhos de 15% ao mês.  

Em várias situações, as pessoas não se dão conta de que foram fisgadas em armadilhas relacionadas a investimentos. Isso se deve ao fato de esses golpes serem sofisticados, trazendo sempre uma novidade para enganar novas vítimas.

Com uma aparência de legalidade ou de algo inofensivo, supostas aplicações financeiras são oferecidas como uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro de um jeito rápido e fácil.

Para não cair em armadilhas, conheça a seguir as seis situações comuns em casos de golpes ou fraudes em investimentos.

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Como identificar um esquema de pirâmide financeira?

Uma pirâmide financeira é um tipo de golpe em que uma pessoa ou empresa oferece um investimento que tem algumas características particulares:

  • alta rentabilidade: retorno financeiro muito acima dos investimentos tradicionais;
  • garantia de rendimento: mesmo em operações arriscadas, esses esquemas costumam garantir retorno sobre o capital investido;
  • ausência de produto: a companhia não deixa claro em quais produtos está investindo e não registra as aplicações em nome dos clientes.
  • empresa irregular: ausência de registro em órgãos como a CVM e a B3, a bolsa de valores brasileira.

Por isso, desconfie de empresas que oferecem a possibilidade de ganhar dinheiro fácil e rápido.

Procure informações sobre as companhias nas quais você está aplicando o seu dinheiro e, se tiver qualquer dúvida, entre em contato com a CVM.

E é claro, busque empresas especializadas para investir o seu dinheiro. O conselho profissionais habilitados evitam dores de cabeça e ajudam você a construir o seu patrimônio financeiro de uma forma bem mais segura.

6 formas comuns de fraudes em investimentos

1. Pirâmide financeira

Você já deve ter ouvido falar das famosas correntes: um indivíduo leva outro a entrar em determinada organização em troca de rendimentos. Elas também são conhecidas como pirâmides financeiras ou esquema ponzi.

O problema em uma pirâmide financeira ocorre quando as empresas não possuem uma atividade produtiva. Elas se mantêm somente com negócios de fachada para dar credibilidade à farsa.

O sistema de pirâmide tem esse nome porque as pessoas da base, as últimas recrutadas, são as que garantem o ganho de quem está no topo.

É um modelo insustentável no longo prazo, pois é necessário atrair cada vez mais pessoas para o falso investimento para que ele seja lucrativo.

Embora as pirâmides tenham um robusto serviço de publicidade e de depoimentos pessoais, é preciso questionar os fundamentos do negócio.

Desconfie de investimentos que prometem um ganho fixo mensal muito acima do que é usualmente oferecido pelo mercado.

Compare os resultados prometidos com os de outras aplicações financeiras e consulte um especialista em investimentos para saber se é possível alcançar o retorno oferecido.

Caso Bernand Madoff (1960-2008)

A pirâmide financeira mais famosa dos últimos tempos é o caso Bernard Madoff.

Famoso investidor de Wall Street, ele começou a atuar nos anos 1960 no mercado americano e enganou milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive milionários famosos, celebridades e grandes fundos de investimento.

As pessoas investiam seu dinheiro com Madoff em troca de retornos baixos, porém garantidos. O que elas não sabiam é que seu dinheiro não ia para fundos de investimento, mas sim para o bolso de investidores mais antigos do esquema.

A fraude de Madoff foi revelada por ele mesmo durante a crise de 2008, quando o pânico no mercado financeiro levou muitos investidores a sacarem seu dinheiro dos bancos. Assim, não havia como manter os pagamentos e o esquema ruiu, deixando milhões de pessoas no prejuízo.

2. Marketing multinível

O marketing multinível é um modelo de negócio baseado numa rede de contatos, em que há distribuição de serviços ou mercadorias. Nesse caso, as pessoas ganham comissões pela comercialização dos produtos ou pela indicação de novos vendedores.

Há muita discussão sobre o marketing multinível ser ou não uma forma de pirâmide financeira.

Uma diferença bastante comum entre esses dois tipos de sistemas é o primeiro se caracterizar por empresas que possuem 70% ou mais da receita proveniente de vendas de mercadorias.

Enquanto isso, o segundo não atinge esse patamar, uma vez que o faturamento basicamente vem do recrutamento de novos adeptos.

Muitas empresas buscam utilizar do marketing multinível de forma séria, como uma maneira de aumentar a distribuição de produtos ou serviços. Entretanto, como geralmente existem indicações de terceiros e comissões sobre as vendas deles, o sistema por vezes é confundido com a pirâmide.

Em certa medida, o marketing multinível se assemelha a uma atividade empresarial, porém, o interessado deve desconfiar das atitudes de “empreendedorismo de palco”, nas quais o produto a ser vendido é o método para atrair mais pessoas para o projeto.

Veja mais: O risco de investir no banco – conheça a história de Paulo, que ficou com dinheiro preso em títulos de capitalização por 2 anos

3. Mercado de forex

Um mercado que movimenta trilhões de dólares, com grande liquidez e potencial para ganhos significativos. Aparentemente é uma grande oportunidade, não é mesmo?

Contudo, as operações com forex, podem significar dores de cabeça para o investidor no futuro.

Nesse caso, o indivíduo faz apostas na valorização de uma moeda sobre outra, como dólar e euro.

Na prática, há uma grande diversidade de pares de moeda para se operar. Como as pessoas geralmente fazem transações com alavancagem (investem um dinheiro que não têm), é possível multiplicar os ganhos (e também as perdas) na mesma proporção.

A alavancagem é um mecanismo pelo qual a pessoa multiplica a força do próprio capital. Na prática, é feito um financiamento com uma instituição, como uma corretora, que permite a transação. Por exemplo, quem tem R$ 1 mil e opera como se tivesse R$ 10 mil, está alavancado 10 vezes.

Um dos problemas do Forex é que ele não é um mercado regulado no Brasil. Logo, não é fiscalizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nem pelo Banco Central (Bacen).

Desse modo, o investidor não poderá se resguardar quanto a uma eventual fraude, diferentemente dos casos que envolvem aplicações aprovadas pelas entidades de supervisão do mercado financeiro nacional.

Vale lembrar que a CVM proíbe até mesmo que representantes estrangeiros de corretoras que atuam com Forex façam recrutamento de clientes no Brasil. Como a modalidade de aplicação é permitida em outras nações, as operações só são feitas pela internet, por conta e risco do interessado.

4. Transações com bitcoins

O mercado de moedas digitais está em franca ascensão, com destaque para o bitcoin, que passa por altas sucessivas.

Por outro lado, há analistas que alertam para o risco de uma bolha financeira, uma vez que os fundamentos para expressivo crescimento ainda não justificam tal elevação.

Isso justifica-se pelo fato de as criptomoedas ainda serem pouco utilizadas para transações convencionais, como comprar produtos, por exemplo.

Por estar em evidência na atualidade, com adesão de investidores que há pouco tempo não o consideravam como opção de aplicação, o bitcoin também passou a ser utilizado em golpes sobre investimentos, e o pior, associados a pirâmides e a marketing multinível. Em Brasília, por exemplo, muitas vítimas caíram no golpe da moeda falsa Kriptacoin.

Você já deve ter ouvido o ditado: “quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Logo, fique atento a promessas de rentabilidade acima do comum e cheque o histórico da empresa que oferece o serviço.

5. Sites de apostas

Ganhar dinheiro de forma consistente, em poucas horas por semana, com uma atividade que dá prazer. Parece a oitava maravilha, concorda?

Com o crescimento da internet, surgiram muitos sites de apostas que prometem ganhos significativos, por exemplo, por meio do trading esportivo, em que os participantes apostam nos resultados dos jogos de futebol.

O problema ocorre quando, de repente, o site fica fora do ar e o aplicador perde todo o dinheiro investido, sem ter a quem recorrer.

Por geralmente não ser uma atividade regulamentada, tal oportunidade de ganho pode esconder armadilhas de grupos mal-intencionados, que só querem roubar o dinheiro de quem muitas vezes entrou no negócio por “brincadeira”.

6. Pessoas que se passam por profissionais de investimentos

Que tal uma oferta tentadora de ganho de 5% ao mês, destinada a um grupo seleto de investidores? Infelizmente, ainda há muitas pessoas que caem em histórias do tipo, seja por ganância ou por puro desconhecimento.

O fato é que o mercado financeiro brasileiro possui uma forte regulação. Por exemplo, para atuar no mercado de capitais, tanto as empresas quanto os profissionais devem ter registro e aprovação da CVM, entidade que estabelece regras para produtos e serviços financeiros comercializados no país.

Por isso, para fugir de armadilhas, cheque o registro na CVM dos profissionais e das entidades que o procuram para oferecer aplicações.

No site da CVM, na parte do “Cadastro Geral de Regulados” você pode checar o CNPJ das empresas que ofecerem serviços relacionados a investimentos, como fundos, gestoras, consultorias e corretoras.

Golpes sobre investimentos: como se prevenir?

Além disso, cheque o histórico da empresa por meio da qual você investe junto a órgãos reguladores e procure saber se há alguma garantia  para seus investimentos em caso de falência da empresa ou calote.

No caso de algumas aplicações em renda fixa (como CDBs, RDBs, LCs, LFs, LCIs e LCAs), existe o Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Ele assegura aplicações e depósitos de até R$ 250 mil por instituição financeira, no limite de R$ 1 milhão por CPF.

Você também consegue consultar as aplicações registradas sob o seu CPF por meio do Canal Eletrônico do Investidor (CEI), da B3 (antiga BM&FBovespa).

No caso dos investimentos em títulos públicos, as aplicações podem ser consultadas no portal do Tesouro Direto.

Entender as principais características de uma pirâmide financeira é o primeiro passo para evitar cair nesse golpe. Agora, se você deseja investir melhor o seu dinheiro de maneira segura, por que não procurar profissionais especializados? Baixe grátis o nosso Guia Completo de Consultoria de Investimentos e conheça as alternativas.

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Andressa Siqueira, CFP®

Formada em Economia pela PUC-SP, é especialista em investimentos na Magnetis desde 2019. Possui as certificações CEA pela ANBIMA e de planejadora financeira CFP®, trabalha no mercado financeiro há mais de 8 anos.

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