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Como se planejar desde cedo para ter uma aposentadoria tranquila

Você sabia que a maioria dos brasileiros tem medo de não viver com conforto quando aposentar?

A boa notícia é que quanto mais cedo uma pessoa começa a planejar e investir para a aposentadoria, menos ela precisa guardar por mês para ter um futuro confortável.

Aqueles que, ao contrário, começam a pensar no assunto muito tarde, precisam fazer um esforço muito maior. Quem deixa para depois acaba tendo que compensar não só o dinheiro que poderia ter guardado antes, como também os juros que deixaram de se acumular.

No entanto, você deve considerar o esforço que vai empregar agora como uma semente, que vai florescer para gerar resultados prósperos no futuro. Quer entender melhor como planejar aposentadoria? Então, não deixe escapar este artigo!

Contents

Por que planejar a aposentadoria

Sem planejamento de longo prazo, até milionários podem perder tudo. Você conhece o caso de Jorginho Guinle?

Ele foi um herdeiro de um império empresarial que atuava em setores como portuário, financeiro, petroleiro, imobiliário e hoteleiro. Eram da família dele o Palácio Laranjeiras e o hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Porém, Guinle não fez as contas direito. Ele nunca trabalhou e gastava muito mais do que os negócios da família rendiam. Até que aconteceu o que parecia impossível: Jorginho Guinle torrou toda a sua herança e morreu pobre.

O risco de depender do INSS

Quem fala em planejar o futuro pensa logo no tradicional INSS. Porém, deixar a aposentadoria unicamente nas mãos do governo é cada vez mais arriscado. Quando a Previdência Social está em pauta, só se discute redução de benefícios, nunca aumento.

A reforma da Previdência que está em discussão afeta todos os trabalhadores ativos, especialmente os que hoje têm menos de 50 anos.

Entre as propostas, estão o aumento da idade mínima da aposentadoria e do tempo de contribuição.

Isso está acontecendo porque, na Previdência Social, os trabalhadores da ativa é que pagam a aposentadoria dos inativos.

Nas próximas décadas, este cenário ficará mais preocupante se, considerarmos o aumento da expectativa de vida do brasileiro, ou seja um maior número de idosos no futuro e a incerteza sobre nossa Previdência estar ou não preparada para funcionar nesse panorama.

Ou seja, tende a ser cada vez mais difícil manter a qualidade de vida para as pessoas que dependem apenas do INSS. Hoje, é fácil encontrar aposentados que apostaram suas fichas somente na nossa Previdência e que precisam complementar sua renda com alguma atividade extra.

Essa é uma idade em que todos deveriam descansar e aproveitar a vida, portanto, que fique bem claro: o INSS não pode ser o foco da sua aposentadoria. Na verdade, por ser uma contribuição compulsória, ele deve fazer parte da sua carteira para planejar o futuro, mas permanecendo sempre em segundo plano.

Você vai ver aqui que existem outros caminhos bem mais promissores para ter uma aposentadoria tranquila.

Passo a passo para planejar sua aposentadoria

Agora que apresentamos um panorama do problema da aposentadoria, está na hora de pensar por onde começar a se planejar.

Às vezes, pode faltar motivação para lidar com a questão, pois se aposentar é algo que parece estar em um futuro muito distante. Mas não se engane: é preciso começar a se preocupar com esse assunto já!

O primeiro passo para sair da inércia é o autoconhecimento.

Planejar aposentadoria depende de organização e, antes de mais nada, você precisa refletir sobre como espera que seja a sua vida de aposentado. Tendo esse cenário bem desenhado na sua mente, com riqueza de detalhes, fica mais fácil estabelecer as metas.

Atenção: o exercício de imaginar a sua aposentadoria é o que define o resultado de seus planos e não pode ser desprezado. Quanto mais conectado com o seu futuro, maiores serão as chances de sucesso.

1 – Decida quando se aposentar

Você já sabe com quantos anos quer parar de trabalhar? Quanto mais tempo investindo, menores deverão ser os seus aportes mensais.

Além disso, quem começa cedo pode investir em ativos de risco, como ações. Se a Bolsa cair muito, você ainda tem tempo para esperar o mercado se recuperar, com a chance de ter retornos acima da média.

Outro ponto é que os investimentos de renda fixa de longo prazo costumam render mais. Por exemplo, há títulos do Tesouro Direto com vencimento para daqui 20 ou mais de 30 anos.

2 – Estime qual renda você quer ter

Qual deverá ser a sua renda, no futuro, para que você tenha a qualidade de vida desejada?

Lembre-se de que você terá algumas despesas que hoje não existem — por exemplo, o mesmo plano de saúde pode custar cinco vezes mais para a terceira idade do que para os jovens.

Por outro lado, os idosos deixam de ter alguns gastos importantes, como o sustento dos filhos ou prestações de imóvel.

Então, liste todos os gastos que você espera ter como aposentado e some os valores. Mas considere apenas os preços de hoje. Não é necessário projetar a inflação, por enquanto.

Outra maneira de visualizar isso é pensar de maneira global o “salário” que você gostaria de ter enquanto aposentado.

3 – Calcule a reserva que será necessária

Depois que você já tem uma ideia da renda que deseja ter quando se aposentar, é necessário calcular o tamanho da reserva que você precisa acumular para manter essa retirada mensal na aposentadoria.

Vamos lá.

Para o cálculo correto, é preciso considerar a rentabilidade líquida de taxas e impostos, assim com o rendimento real (que leva em conta o efeito da inflação).

Não se preocupe, sabemos que parar para fazer as contas, às vezes, pode ser meio difícil.

Por isso, fizemos esta planilha exclusiva para ajudá-lo.

Vou explicar aqui o raciocínio por trás da planilha, para que você possa acompanhar passo a passo e fazer sua própria estimativa.

Como ponto de partida, vamos considerar um investimento em renda fixa que renda 100% do CDI. Hoje o CDI projetado para um ano está em 6,39%*, o que dá um rendimento mensal de cerca de 0,52%.

Sobre o rendimento, retiramos o Imposto de Renda. Vamos usar como parâmetro a alíquota de 15% ao ano para fundos de investimento de renda fixa de longo prazo — considerando que a aplicação ficará lá por mais de dois anos.

Assim, para calcular o rendimento líquido de imposto, basta multiplicar a rentabilidade mensal por 0,85. No nosso exemplo, dá 0,45% ao mês.

Usando a planilha (faça o download), preencha os campos:

Exemplo:

cálculo planejar aposentadoria

No nosso exemplo, a reserva necessária deu R$ 1,299 milhão. Ou seja, quem tem essa reserva em aplicações de renda fixa conseguirá fazer uma retirada mensal equivalente a R$ 5.000 durante 25 anos — se as condições macroeconômicas continuarem como estão.

Dizemos “equivalente” porque nesse valor já descontamos a inflação e o Imposto de Renda.

Na realidade, você vai poder sacar uma quantia maior que R$ 5.000 durante 25 anos, mas, por causa da inflação, ela terá um poder de compra equivalente ao de R$ 5.000 hoje.

4 – Quanto aplicar por mês

Na última linha da planilha ela mostra o quanto você precisa aplicar mensalmente até se aposentar:

calculo aplicacoes mensais planejar aposentadoria

Resumindo, no exemplo acima, se você aplicar mensalmente R$ 3.630 ao longo de 25 anos, considerando um aporte inicial de R$ 25 mil, você terá, ao final do período, uma reserva equivalente a R$ 1,299 milhão. A cada ano, reajuste as aplicações de acordo com algum índice de preços, como o IPCA.

Note que usamos como base valores atuais para a inflação e para a rentabilidade dos fundos de investimento (100% do CDI). Lembre-se de que o cenário sempre pode mudar, para melhor ou pior. De qualquer maneira, isso só mostra que o quanto antes você começar a investir, melhor.

Melhores investimentos para a aposentadoria

Então, conseguiu descobrir quanto deve aplicar por mês?

Explore bastante esse método até chegar a um valor com o qual esteja confortável. É importante que você se sinta bem ao pensar tanto na quantia que deve guardar por mês quanto na retirada mensal desejada.

Quando você definir esses valores, vai ficar mais fácil ter disciplina para aplicar mensalmente a quantia necessária.

Depois, você precisará escolher onde vai fazer essas aplicações. Repare que, nos exemplos acima, usamos apenas renda fixa. Isso quer dizer que, dependendo de quanto tempo você ainda tem até se aposentar, poderá investir parte das suas reservas em renda variável, como ações ou ETFs.

Quanto mais antecipado você está para a aposentadoria, melhor o impacto de ativos variáveis, pois o longo prazo favorece a recuperação do mercado e o risco de perder vai diminuindo aos poucos.

Note que, aqui, você tem um grande aliado para planejar aposentadoria: os juros compostos, que vão fazer o seu investimento crescer exponencialmente até que seja atingido o patrimônio para gerar o seu “salário”.

Fique atento à sua carteira de ativos e ao percentual de juros compostos no momento, para que os devidos ajustes sejam aplicados quando necessário e o seu plano continue dentro do previsto.

Também vale procurar algumas dicas de planejamento tributário em suas finanças pessoais. Isso significa buscar meios legais para pagar menos impostos, o que faz gerar mais renda a ser poupada para o seu futuro.

Essas duas armas minimizam a ação dos vilões dos seus planos: o impacto da inflação, a sua expectativa de sobrevida e as despesas mensais para sustentar o seu padrão.

O que dificulta ainda mais  processo de planejar aposentadoria é o fato de estarmos olhando para o futuro, portanto, só podemos trabalhar com estimativas. Mesmo assim, informação e diálogo com profissionais das finanças sempre podem ajudá-lo a trabalhar com dados mais próximos da realidade.

Planejar aposentadoria depende de disciplina para cumprir o seu objetivo. Mantenha a regularidade nas aplicações e faça com que isso vire uma rotina. Assim, uma terceira idade tranquila como você merece vai chegar!

E você, quer planejar sua aposentadoria de forma mais inteligente?  Acesse o guia gratuito sobre como ter uma aposentadoria tranquila e saiba hoje mesmo como fazer isso com investimentos!

*Texto originalmente publicado em junho de 2017e atualizado em setembro de 2018

Andressa Siqueira, CFP®

Formada em Economia pela PUC-SP, é especialista em investimentos na Magnetis desde 2019. Possui as certificações CEA pela ANBIMA e de planejadora financeira CFP®, trabalha no mercado financeiro há mais de 8 anos.

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