Poupança: tudo o que você precisa saber para investir melhor
A poupança é a aplicação financeira mais utilizada pelos brasileiros. O primeiro contato de uma pessoa com a caderneta de poupança geralmente acontece ao abrir uma conta no banco. Isso porque ela é forma fácil de guardar dinheiro e pode ser vinculada à conta corrente.
Praticidade e segurança são as duas principais características que tornam essa aplicação a preferida das pessoas. Porém, não é segredo para ninguém que o rendimento da poupança é baixo. Além disso, existem outras aplicações que rendem mais, com a mesma segurança.
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A partir de agora, vamos ver tudo o que você precisa saber para fazer investimentos melhores do que a poupança.
Neste post, você vai entender:
- o que é poupança?
- qual é o rendimento da poupança hoje?
- quanto rende a poupança por mês?
- juros da poupança: como eles são calculados?
- como abrir uma conta poupança: quais bancos oferecem?
- investir na poupança: quando vale a pena?
- como a inflação afeta a rentabilidade da poupança?
- quais são os investimentos melhores do que a poupança?
- simulador de poupança: calcule o quanto você está perdendo
- como sair da poupança.
Se você está buscando formas de fazer o seu dinheiro render mais, chegou ao lugar certo!
Aproveite a leitura para tirar suas dúvidas e fique à vontade para deixar o seu comentário ao final do post. Não se esqueça também de compartilhar este conteúdo com os seus amigos nas redes sociais. Vamos começar?
Contents
O que é poupança?
Poupança é qualquer quantia que você reserva da sua renda mensal para usar em outro momento. Significa literalmente guardar dinheiro para o futuro, seja qual for a finalidade.
No Brasil, poupança virou sinônimo de uma aplicação financeira muito popular: a caderneta de poupança ou conta poupança.
Ela foi criada junto com a Caixa Econômica Federal, em janeiro de 1861. Na época, o Brasil ainda era um império regido por D. Pedro II (1831-1899). O principal objetivo era atender às camadas mais pobres da população.
Até hoje, essa aplicação é sinônimo de segurança financeira. Não é à toa que um em cada três brasileiros tem dinheiro guardado na poupança, segundo o Raio X do investidor, uma pesquisa anual da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima).
Porém, como já dissemos anteriormente, o rendimento da poupança é baixo. A seguir, vamos entender por quê.
Qual é o rendimento da poupança hoje?
O rendimento da poupança hoje é de 8,4119%, ao ano, ou ao mês 0,5% + 0,1589%. Dessa maneira, se você depositar R$ 50.000,00 na poupança hoje, terá R$ R$4.205,00 de rendimento daqui a um mês.
Esse rendimento é considerado muito baixo comparado a outros investimentos do mercado.
Para você ter uma ideia, existem investimentos tão seguros quanto a poupança que rendem 100% do CDI ou até mais. Falaremos dessas alternativas mais adiante.
Por enquanto, vale destacar que esse rendimento é determinado pela Selic, a taxa básica de juros da economia.
Ela, por sua vez, é definida a cada 45 dias por um conselho de diretores do Banco Central do Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom).
Hoje a taxa Selic está em 13,25% ao ano, mas como a rentabilidade da poupança sempre ficará abaixo da taxa básica de juros do país, ela sempre renderá menos do que outros investimentos de renda fixa.
Quanto rende a poupança por mês?
O rendimento mensal da poupança hoje é de 0,67%, ou seja 8,41% ao ano. Assim, cada R$ 100 depositados na poupança rendem R$ 0,67.
Diferente dos demais investimentos de renda fixa, o rendimento da poupança é contabilizado apenas uma vez por mês.
As outras aplicações seguras, por outro lado, oferecem rendimento diário.
Considerando que os juros que incidem sobre essas aplicações é que fazem o seu dinheiro se multiplicar, a poupança oferece um crescimento muito mais lento para as suas economias.
Na prática, quando você deixa seu dinheiro na poupança, está perdendo a oportunidade de fazer ele se multiplicar.
Vamos ver a seguir como os juros da caderneta são calculados e entender mais sobre esse processo.
Juros da poupança: como eles são calculados?
Para entender quanto rende a poupança hoje, primeiro é preciso conhecer a regra de cálculo da caderneta.
Em 2012, o governo mudou a forma como os juros da poupança são calculados. Todos os depósitos feitos até 3 de maio de 2012 rendiam 0,5% ao mês, mais a Taxa Referencial, a chamada TR (0,1589%).
A partir de 4 de maio de 2012, a nova regra de cálculo da poupança passou a valer para depósitos feitos daquela data em diante. Essa regra diz o seguinte:

Outro fator que faz a poupança render menos é a base utilizada para o cálculo dos juros.
Os juros da poupança são incorporados ao valor investido na caderneta a cada 30 dias corridos, no chamado aniversário da poupança. Essa data começa a ser contada a partir da abertura da conta e aparece no extrato bancário ou no internet banking.
Segundo o Banco Central, a rentabilidade é calculada sobre o menor saldo de cada período de rendimento, contando a partir do aniversário.
No caso das demais aplicações de renda fixa, o rendimento é diário.
Como abrir uma conta poupança: quais bancos oferecem?
Abrir uma conta poupança é um processo simples. Basta entrar em contato com um banco e fazer a solicitação. Na maioria dos casos, é necessário apresentar os seguintes documentos:
- documento de identificação com foto (RG ou carteira de motorista – CNH);
- comprovante de residência;
- em alguns casos, o banco pode solicitar um comprovante de renda.
Vale lembrar que os bancos não são obrigados por lei a abrir uma conta-corrente ou poupança solicitada por um cliente. Porém, todos precisam oferecer um pacote de serviços essenciais, pelos quais não há cobrança de tarifas.
Dos 43 bancos e cooperativas que existem hoje no Brasil, apenas sete oferecem conta poupança.
- poupança da Caixa Econômica Federal;
- poupança do Bradesco;
- poupança do Banco do Brasil;
- poupança do Itaú;
- poupança do Santander;
- poupança do Banco Inter;
- poupança do Sicoob.
Nos grandes bancos, esse processo é mais burocrático e exige que a pessoa vá até a agência. Porém, nos bancos digitais é possível abrir uma conta poupança online.
Investir na poupança: quando vale a pena?
O primeiro passo para começar a investir e ter a sua liberdade financeira é ter uma reserva de emergência.
Essa reserva é um valor que representa alguns meses das suas despesas recorrentes. O objetivo é que ela sirva como alternativa caso você perca a sua principal fonte de renda.
Nesse caso, a poupança pode ser uma alternativa para formar a sua reserva de emergência, principalmente se você movimenta a conta mais de uma vez por mês.
Isso porque existe um imposto chamado IOF – o Imposto sobre Operações Financeiras -, que incide sobre o rendimento de aplicações financeiras feitas há menos de 30 dias.
Porém, se você não precisa movimentar com frequência as suas reservas, vale a pena pesquisar mais sobre aplicações que oferecem liquidez diária, como o Tesouro Selic e os CDBs de liquidez diária.
Quais são os investimentos melhores do que a poupança?
Muitas pessoas acreditam que não é possível investir bem com pouco dinheiro. No entanto, graças à tecnologia, essa já é uma realidade no Brasil. Confira algumas alternativas de investimentos melhores do que a poupança:
1 – Tesouro Direto
Mesmo quem não tem muito dinheiro para começar a investir consegue encontrar opções de investimentos seguros. Prova disso são os títulos do Tesouro Direto, que permitem aplicações a partir de R$ 30.
A lógica por trás desses títulos é bastante simples: para se manter funcionando, o Estado precisa de recursos que vão além daqueles arrecadados com a cobrança de impostos. Por isso, ele emite papéis para captar dinheiro e qualquer pessoa pode investir alguma quantia.
Em troca, há o pagamento de juros dentro do prazo estipulado pelo título. Ou seja, quem investe no Tesouro Direto está emprestando dinheiro ao Estado.
Embora não haja a cobertura do FGC, o risco desses títulos é baixíssimo. Eles não serão pagos apenas em caso de insolvência total do Estado, o que é muito difícil de acontecer, mesmo em momentos de dificuldade econômica.
Em última instância, o Estado pode imprimir moeda para honrar o pagamento dos títulos.Para investir no Tesouro Direto, é preciso ter conta em um banco ou corretora autorizada. Com o cadastro na instituição, será possível acessar a plataforma na qual os títulos são negociados.
São várias as opções de títulos disponíveis, divididos entre prefixados (com o rendimento definido na hora da compra) e pós-fixados (corrigidos de acordo com uma taxa, como o IPCA e a Selic). É preciso observar as taxas e impostos, para que elas não comprometem o retorno da aplicação.
2 – CDB
Lembra quando falamos dos títulos do Tesouro Direto e dissemos que eles funcionam como uma espécie de empréstimo ao Estado pelo qual quem aplica o dinheiro é remunerado?
A lógica do CDB (Certificado de Depósito Bancário) é a mesma, mas quem capta os recursos são bancos privados, que utilizam o dinheiro para emprestá-los a outros clientes.
Diferente dos títulos públicos, os CDBs são cobertos pelo FGC, dentro do limite estipulado.
O retorno de um CDB está geralmente atrelado ao já mencionado CDI e quase sempre é maior do que a rentabilidade das cadernetas de poupança, ainda que seja feita a cobrança de IR nesse tipo de investimento.
É importante, mais uma vez, comparar com outras opções de investimentos e em diferentes instituições financeiras para ter certeza se não existem alternativas melhores. A dica é procurar por bancos menores, que costumam oferecer taxas mais atraentes.
3 – LCI e LCA
As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos pelos bancos para financiar, respectivamente, o setor imobiliário e o agronegócio.
A grande vantagem desses investimentos é isenção do Imposto de Renda (IR), além da cobertura do FGC. Por outro lado, essas letras de crédito costumam ter prazos de vencimento mais longos, o que é ruim para quem não tem muita certeza de quando vai precisar do dinheiro.
As taxas de retorno variam de acordo com o banco que emitiu o título. Logo, é necessário fazer comparações entre diferentes títulos e bancos, em busca da melhor rentabilidade.
4 – Fundos DI
Fundos DI são fundos de investimento que investem pelos menos 80% da carteira em títulos públicos, ativos de baixo risco e em cotas de outros fundos de renda fixa. A rentabilidade desses fundos busca acompanhar o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), taxa muito próxima da Selic (os juros básicos da economia nacional).
Os riscos para quem investe em fundos DI são relativamente pequenos, já que o dinheiro é aplicado em ativos de baixíssimo risco. Não há cobertura do FGC, mas, em caso de quebra do banco, o dinheiro fica protegido, já que, do ponto de vista jurídico, os investimentos dos fundos não fazem parte do patrimônio da empresa.
Fundos DI contam com alta liquidez, permitindo que os recursos sejam sacados no momento em que for necessário. Ademais, é possível encontrar opções que permitem começar com aportes pequenos.
Como desvantagem, cabe mencionar a cobrança de taxas de administração, comuns em fundos de investimentos. Além disso, há a incidência do Imposto de Renda come-cotas, uma cobrança antecipada de IR que incide sobre a rentabilidade duas vezes ao ano, em maio e em novembro.
5 – Nuconta
A Nuconta é um conta digital sem tarifas disponibilizada pela Nubank. Ela também funciona como um investimento de baixo risco, já que todo o dinheiro depositado é aplicado em títulos públicos em nome da empresa. Não há cobrança de taxas, mas incidem IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o IR sobre os rendimentos.
Além disso, o rendimento automático das contas do Nubank passaram por uma mudança drástica que será implementada aos poucos: o saldo de novos depósitos na NuConta passará a render apenas a partir do 30º dia, assim como já acontece na poupança hoje. Com a nova regra, no 31º dia o cliente é remunerado com o total de 100% do CDI dos 30 dias.
Porém, a partir do 31º dia, o valor depositado volta a render em todos os dias úteis, diferente da poupança, que remunera sempre a cada 30 dias.
Os investimentos feitos por meio da Nuconta não são garantidos pelo FGC e nem são registrados em nome do titular do conta, o que pode ser um risco.
Por outro lado, eles estão protegidos juridicamente, uma vez que os recursos das contas não são incluídos no patrimônio da Nubank e, portanto, não podem ser bloqueados caso a empresa apresente problemas.
Não é mais necessário receber um convite ou ter o cartão de crédito da Nubank, mas é preciso se inscrever no site da empresa e aguardar o retorno para pode utilizar o serviço, que é todo gerenciado por meio de um aplicativo.
Como sair da poupança?
Muitas pessoas querem investir melhor o seu dinheiro, mas não sabem por onde começar.
O primeiro passo para começar a investir é definir os seus objetivos. Quanto mais claros eles forem, mais fácil será saber qual caminho seguir.
Depois, é o momento de entender quais são as melhores opções para atingir esses objetivos. É nesse momento que você precisa entender qual é o seu perfil e buscar as alternativas mais adequadas para ele.
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