Tudo que você precisa saber sobre a Previdência Privada da Caixa
Não há como escapar: o dinheiro do INSS dificilmente será suficiente para manter o seu atual padrão de vida na aposentadoria. Por isso, muitos brasileiros buscam alternativas e a Previdência Privada da Caixa é uma das mais conhecidas. Mas será que vale a pena?
Esse tipo de aposentadoria é um fundo de investimento tem como objetivo rendimentos de longo prazo. Esse fundo pode ser composto apenas por renda fixa ou um mix de renda fixa e renda variável.
A única exigência para contratação da Previdência Privada da Caixa é ter um CPF. Não é necessário ser correntista: basta pagar as parcelas via boleto bancário ou em débito automático em uma conta-poupança que não cobra taxa. A criação de conta-corrente no banco só é exigida no caso de planos conjugados, que incluem seguros.
Quer saber mais sobre as opções de planos de previdência oferecidas por este banco? Confira agora!
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Quais são os valores mínimos de aporte na Previdência da Caixa?
Nos fundos de previdência oferecidos pela Caixa, o valor mínimo da parcela mensal é de R$ 35. No caso de pagamento único, parte-se de R$ 1 mil.
A Caixa, por meio de sua seguradora, oferece os dois tipos de fundos de previdência existentes no mercado. São: Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
Em caso de imprevistos, é possível suspender pagamentos, e o dinheiro pode ser retirado após um período de 60 dias. É necessário respeitar um intervalo de igual período entre saques. O valor é creditado em até cinco dias úteis.
Na hora de escolher o plano, é necessário optar pela tabela regressiva ou progressiva. Também é permitido realizar aportes adicionais ou reduzir a parcela contratada originalmente, dependendo do plano escolhido.
Como em qualquer plano de previdência, é possível indicar um beneficiário dos valores depositados em caso de falecimento do titular do plano. O dinheiro é recebido em até 30 dias e não entra no inventário. Por fim, é preciso escolher uma forma de resgate.
Quais são os fundos de Previdência oferecidos pela Caixa?
O banco público oferece cinco tipos de fundos de previdência: Renda Fixa, Renda Variável, Crédito Privado, Índice de Preços e Multimercado Estratégia Livre.
Veja abaixo as principais diferenças entre eles.
Renda Fixa
Existem três subcategorias de fundos oferecidas pelo banco nessa modalidade: Renda Fixa, Crédito Privado e Índice de Preços.
Na primeira, o banco oferece 10 fundos. Eles são caracterizados por aplicar 90% da carteira em títulos públicos e 10% em títulos privados.
Já os seis fundos classificados como Crédito Privado aplicam 80% dos recursos em títulos privados e 20% em títulos públicos.
Nos cinco fundos do tipo Índice de Preços, a maior parte da carteira é composta por títulos públicos indexados ao IPCA. Já o restante é aplicado em outros tipos de títulos públicos.
Renda Variável
Nessa categoria, o banco oferece três fundos. A diferença entre eles é o quanto aplicam em ativos de renda variável, como ações. Há opções cujo percentual equivale a 15%, 30% e 49%. Em todas elas, o restante é direcionado a títulos públicos e privados.
Multimercado
Nessa modalidade, o banco oferece dois fundos Estratégia Livre. A carteira é composta por diversos tipos de ativo, como ações, câmbio e títulos públicos, privados e internacionais. Seu objetivo é obter rentabilidade com operações de médio prazo.
Qual é a rentabilidade média da Previdência Privada na Caixa?
Um dos pontos a se observar na hora de optar por um fundo de previdência privada é o seu rendimento histórico. É importante que o período observado seja o mais longo possível.
Nos últimos 12 meses, o fundo mais rentável do banco na categoria Índice de Preços rendeu 7,13%. Já na subcategoria de Renda Fixa, o melhor resultado é de 4,71%. Os fundos de crédito privado valorizaram até 3,49% no período. Por fim, os multimercado renderam até 3,06% no período.
No mesmo período, o índice de referência dessas aplicações, o CDI, rendeu 4,58%. Ou seja, a rentabilidade dos fundos Crédito Privado e Multimercado no banco ficaram abaixo do índice de referência, o que não é um bom desempenho.
Apenas dois fundos do tipo Renda Fixa superaram o índice de referência, e o mesmo ocorreu com todos os fundos Índice de Preços.
Já os fundos de renda variável renderam até 4,18% nos últimos 12 meses. O índice de referência para fundos de ações, o Ibovespa, desvalorizou 5,86% no mesmo período.
Quais são as taxas cobradas?
A Caixa oferece um diferencial em relação a outras instituições financeiras: não cobra taxa sobre aportes no plano (carregamento). Já a taxa sobre resgates é reduzida conforme o tempo de permanência no plano. Ela só é cobrada caso o dinheiro seja solicitado antes de três anos. Antes disso, elas podem chegar a 5%.
As taxas de administração são definidas conforme o valor de aporte e modalidade de fundo escolhida:
- entre os fundos de Renda Fixa, a taxa de administração varia de 0,30% a 3% ao ano;
- nos do tipo Crédito Privado, oscila entre 0,60% e 2,50% ao ano;
- no Índice de Preço, de 0,80% a 2,5%;
- já entre os fundos de renda variável, fica entre 1,25% e 3%;
- nos fundos multimercado, de 0,60% a 0,80%.
Outra taxa que aparece com frequência nos planos de previdência privada da Caixa é a de pecúlio. Ele é uma porção do capital investido que é usado como um “seguro” em casos de falecimento ou invalidez do beneficiário do plano.
Apesar de ser opcional a contratação do pecúlio, muitos planos de previdência vem com ele embutido. E o valor do desconto pode chegar a 20%! Por isso, é importante conferir tudo o que está associado ao seu plano de previdência.
Como contratar a previdência da Caixa?
Os planos de Previdência Privada da Caixa podem ser contratados nas agências do banco ou online, via site ou chat.
Caso prefira contratar pela internet, é possível responder a algumas questões, como objetivos, para que o banco aponte o melhor plano para o seu perfil.
Vale a pena investir na Previdência Privada da Caixa?
A Caixa dispõe de diversas possibilidades em relação tanto ao valor da parcela quanto aos prazos. Contudo, quem investe deve verificar se o plano oferecido pelo banco se enquadra no seu perfil de risco e objetivos.
Considere o risco de retorno do fundo
Apesar de o retorno da maioria dos fundos do banco ser baixo, o ideal é não olhar apenas para ele. Fundos que correm mais risco, normalmente, terão retornos maiores. Mas é indicado comparar taxas na concorrência. Afinal, elas podem afetar rendimentos que já são baixos.
Entenda os principais índices
É importante sempre comparar o retorno histórico do fundo com seu índice de referência no mesmo período, a exemplo do CDI. Essa é uma forma de verificar se o fundo está entregando o mínimo prometido. Do contrário, pode ser a hora de pensar em uma portabilidade do investimento para outra instituição financeira.
Uma forma de ter noção do quanto você terá ao final do período de investimento é acessar o simulador de previdência. A ferramenta considera um rendimento anual de 130% do CDI. Assim, caso o rendimento do fundo fique abaixo desse valor, você saberá quanto a mais precisará se esforçar para ter um padrão de vida confortável.
Compare as taxas
Se você olhar apenas par ao rendimento do seu investimento, não terá uma visão realística de quanto receberá no futuro. É fundamental avaliar também todas as taxas envolvidas: carregamento, saída e administração. Afinal, uma taxa alta pode corroer um retorno alto também.
Ao longo do artigo, você viu que essa escolha não é tão simples. Caso chegue à conclusão de que a rentabilidade dos fundos de Previdência Privada da Caixa deixa a desejar, saiba que há opções. Para isso, vale contar com a ajuda de um consultor de investimentos. Se gostou do conteúdo, assine a newsletter da Magnetis para receber outros artigos como este em seu e-mail!