Saiba as principais diferenças entre renda fixa e renda variável
Entender e ter sempre em mente as diferenças entre renda fixa e renda variável é um dos primeiros e mais importantes passos para quem quer começar a investir de maneira consciente.
Conhecer as características dessas duas principais categorias de aplicações financeiras ajuda quem está investindo a identificar as opções mais alinhadas ao seu perfil e objetivos.
Pensando nisso, incluímos neste texto, de forma clara e didática, quais os principais aspectos dos investimentos em renda fixa e de renda variável e o que deve ser observado ao escolher entre eles. Boa leitura!
O que é renda fixa?
Os investimentos em renda fixa têm como princípio básico a definição de qual será o retorno obtido ou a forma de cálculo para tal no momento da aplicação. Com isso, quem investe tem uma noção bastante confiável de qual será sua rentabilidade.
Outro aspecto importante da renda fixa é sua forma de negociação. Neles, o título negociado é emitido por um banco ou mesmo pelo governo e os interessados podem adquiri-los tanto de forma direta quando por meio de fundos.
Os investimentos de renda fixa podem ser subdivididos em três outras categorias: prefixados, pós-fixados e híbridos.
Nos prefixados, a rentabilidade será baseada num rendimento fixo. Assim, se um título promete retorno de 6% ao ano, esse será o ganho até seu vencimento. Com isso, é possível saber qual será a rentabilidade, sem surpresas.
Os títulos de renda fixa pós-fixados têm seu rendimento atrelado a um indicador da economia. Os índices mais adotados são o CDI e a taxa SELIC.
É comum, por exemplo, que um título pós-fixado prometa rendimentos de 110% do CDI. Logo, se o índice ao qual o título estiver atrelado subir, o rendimento sobe.
Já os títulos de renda fixa chamados de híbridos oferecem uma parte do rendimento em uma parcela fixa, como acontece nos prefixados, e uma outra parte baseada num índice variável.
É comum que essa fatia do rendimento indexado à inflação. Por isso, o IPCA e o IGPM costumam ser os escolhidos.
Essa opção faz com que esses investimentos tenham ganhos reais, porque garante que o rendimento esteja acima da elevação dos preços aferida por essas taxas.
A caderneta de poupança também é uma aplicação de renda fixa, já que as regras de remuneração estão estabelecidas no momento em que o depósito é feito. No entanto, o rendimento da poupança hoje é ruim. Por isso é importante conhecer as outras opções disponíveis no mercado.
Entre elas estão:
- Tesouro Direto plataforma do Tesouro Nacional que negocia títulos públicos;
Certificados de Depósitos Bancários, os CDBs, utilizados pelos bancos para captar recursos financeiros; - LCIs e LCAs as Letras de Crédito Imobiliário ou do Agronegócio, que financiam esses setores da economia;
- Fundos de renda fixa, que unem interessados em investir em diversos tipos diferentes de renda fixa simultaneamente.
O que é renda variável?
Os investimentos em renda variável têm como característica principal a impossibilidade de saber, de forma antecipada, qual será o rendimento obtido com os ativos.
Além disso, a maioria dos investimentos dessa categoria tem seus títulos negociados em bolsa de valores, o que faz com que seu preço varie por diversos aspectos. Isto é, desde os riscos inerentes a qualquer aplicação, até oscilações causadas por instabilidades econômicas ou políticas.
Entre os tipos de investimento em renda variável, podemos destacar:
- Ações;
- Fundos de ações, que permitem investir em títulos de empresas de forma indireta, colocando a administração dos recursos sob a responsabilidade de um gestor;
- Fundos imobiliários, que alocam o dinheiro disponível em uma variedade maior de ativos, sem excluir as ações e outras opções de renda variável;
- Derivativos;
- Commodities.
Como escolher entre renda fixa e renda variável?
É importante desmitificar um aspecto na hora de escolher entre renda fixa e variável: não existe opção melhor que outra.
Tudo varia de acordo com o perfil de quem fará a aplicação, quais são os objetivos que pretendem ser alcançados e qual o nível de exposição ao risco tolerável.
Normalmente, os investimentos em renda fixa são escolhidos para objetivos mais conservadores e menos propensos a riscos elevados, como formar uma reserva financeira ou investir para a aposentadoria.
Do outro lado, a renda variável oferece maiores riscos e oscilações no preço dos ativos muitas vezes bruscas. Em troca, é possível obter uma rentabilidade, em tese, maior.
Logo, essas aplicações são mais indicadas para objetivos e perfis mais arrojados, que buscam um retorno adicional na hora de investir e lidam melhor com a volatilidade.
Analisar o seu perfil de investimento, avaliar bem os seus objetivos e metas e conhecer os riscos que você quer – ou não – correr são formas interessantes de pensar em quais investimentos são melhores para você.
Contudo, existe uma terceira via que não envolve a escolha de apenas uma das opções: a diversificação de investimentos, que tem como intuito compor uma carteira com aplicações de ambas as categorias.
Agindo assim, os riscos diminuem e a rentabilidade pode aumentar, já que eventuais quedas nos retornos são compensados pelas aplicações do outro tipo, principalmente quando consideramos o longo prazo.
Identificar as diferenças entre renda fixa e renda variável não é complicado e ajuda bastante na hora de tomar decisões importantes.
Cada uma delas tem suas próprias vantagens e desvantagens, o que não impede que elas trabalhem juntas para quem está procurando as melhores maneiras de aplicar seu dinheiro!
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