O que é risco de crédito? Sabia como avaliar um dos principais riscos dos investimentos
Qualquer tipo de investimento tem o seu risco, mesmo aqueles que são considerados seguros. Um dos principais é o risco de crédito, que afeta principalmente os investimentos de renda fixa.
Neste post, você vai entender mais detalhes sobre o que é o risco de crédito e a partir de que momento você precisa se preocupar com ele.
Você também vai entender onde buscar informações para avaliar esse risco nos seus investimentos. Continue a leitura!
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O que é risco de crédito?
O risco de crédito trata da chance de uma pessoa ou instituição financeira deixar de honrar algum pagamento.
Imagine um investimento de renda fixa. Como você sabe, ele funciona como um empréstimo: você deixa seu dinheiro aplicado no banco por algum tempo em troca de uma taxa de juros.
No entanto, o que acontece se a instituição não tiver condições de devolver o dinheiro na data combinada? Exatamente, um calote.
Por isso, a capacidade de pagamento é um dos principais fatores que o mercado financeiro avalia. Afinal, ninguém quer emprestar dinheiro para quem não consegue devolver.
Como identificar o risco de crédito de uma instituição?
Quando se fala em capacidade de pagamento, existe uma diferença muito importante entre dívida e inadimplência:
- dívida: é quando uma pessoa ou instituição tem algum compromisso financeiro que ainda não venceu;
- inadimplência: é o famoso calote. Acontece quando a dívida vence e não há nenhum pagamento.
Dessa forma, existem diferentes níveis de risco de crédito, do menor para o maior.
Falando especificamente sobre investimentos, existe uma forma bastante prática de identificar esse risco nas instituições em que você pretende aplicar o seu dinheiro: o rating ou nota de crédito da instituição. Vamos ver mais sobre isso no próximo tópico.
Outra importante ferramenta é o índice de Basileia. Esse é um indicador financeiro internacional que ajuda a entender como anda a saúde financeira de uma instituição bancária.
O que é rating?
Rating é uma metodologia desenvolvida por agências de classificação de risco, como a Standard & Poors, a Moody’s e a Fitch Ratings.
Também chamada de nota de crédito, ela é dada a partir de cálculos feitos com base em uma série de fatores, considerando:
- tipo de negócio e dados financeiros da instituição;
- cenário econômico em que ela está inserida;
- fornecedores e parceiros da empresa;
- qualquer fator que possa prejudicar suas atividades.
A partir de uma análise minuciosa, essas agências dão uma nota com base na chance de uma instituição deixar de pagar suas dívidas.
A classificação de risco pode variar entre cada agência, mas elas geralmente são organizadas da seguinte forma:
- nível A (AAA, AA+, A1, A2, Aa): baixo risco de inadimplência;
- nível B (BBB, BB+, B1, B2, Bb): risco médio de inadimplência;
- nível C e variações: risco elevado de inadimplência;
- nível D: em situação de calote.
Assim, quando você considerar investir nos títulos de renda fixa que um banco oferece, vale consultar a nota de crédito da instituição.
Investimentos com garantia do FGC: como fica o risco de crédito?
Os investimentos mais seguros do Brasil quanto ao risco de crédito são os títulos do Tesouro Direto.
Isso porque, como se trata de uma aplicação oferecida pelo próprio governo, há pouquíssimas chances de inadimplência. Em último caso, o governo pode imprimir dinheiro para pagar seus credores.
Assim, o risco de crédito fica um pouco mais elevado quando se trata dos títulos privados de renda fixa. Mas eles também contam com um poderoso mecanismo de proteção: o FGC.
O FGC, o Fundo Garantidor de Créditos, garante a devolução do dinheiro investido em algumas aplicações em caso de falência do banco.
O limite é de R$ 250 mil por conglomerado financeiro e de R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ.
Os principais investimentos cobertos pelo FGC são:
- CDB, RDB e LC;
- LCI e LCA;
- poupança;
- depósitos em conta corrente.
Por isso, se você tem até R$ 250 mil em uma determinada instituição, pode contar com a proteção do FGC para devolver o seu dinheiro caso haja algum problema.
No entanto, vale lembrar que esse limite considera o valor total na instituição: capital aplicado, rendimentos e depósitos em conta.
Por isso, o ideal é manter um investimento abaixo de R$ 250 mil para acomodar os rendimentos das suas aplicações.
E quanto aos investimentos sem garantia do FGC?
Existem diversas aplicações de renda fixa que não contam com o seguro do FGC. As principais são:
- debêntures;
- CRIs e CRAs;
- LIG – Letra Imobiliária Garantida;
- fundos de renda fixa.
Nesse caso, analisar o risco de crédito antes de investir é ainda mais importante.
E vale o alerta: esses investimentos vão, naturalmente, oferecer rentabilidade maior, afinal o risco de investir neles é mais alto.
Por isso, preste atenção antes de começar a aplicar seu dinheiro, principalmente se a sua escolha estiver oferecendo rendimentos acima do comum.
Uma boa estratégia para manter o seu patrimônio seguro e aumentar sua rentabilidade é a diversificação de investimentos.
Ela permite proteção contra o sobe e desce do mercado e também controlar os riscos nos seus investimentos.
Agora que você entende mais detalhes sobre o risco de crédito, que tal saber como um serviço especializado pode ajudar você a diversificar? Baixe grátis o nosso Guia Completo sobre Consultoria de Investimentos e tire suas dúvidas!