Afinal, vale a pena financiar um imóvel?
O sonho da casa própria é visto por muitas pessoas como uma conquista que vai além do conforto. É a aquisição de um patrimônio para toda a vida. Uma casa representa segurança financeira e, na maioria das vezes, está associada à construção de uma família.
Ter um imóvel é sinônimo de estabilidade no Brasil, mas nem sempre comprar a casa própria é fácil ou barato. Por isso, antes de pensar neste passo importante é preciso fazer uma análise: vale a pena financiar um imóvel?
Estudar as formas de realizar esse sonho é fundamental para garantir que o objetivo não se torne um pesadelo. Isso porque, dependendo das condições de financiamento, quem compra pode ser muito prejudicado, chegando a pagar um valor até quatro vezes maior do que o preço do imóvel por conta de uma aquisição mal calculada.
Você verá isso a seguir e conseguirá identificar quando vale e quando não vale a pena financiar um imóvel. Confira o artigo para esclarecer suas dúvidas!
Quando vale a pena financiar um imóvel?
Quem pretende comprar um imóvel deve sempre fazer uma avaliação prévia ao considerar essa aquisição. Tipo de imóvel, localização, características e comodidades são alguns dos itens a avaliar. Do ponto de vista financeiro, é necessário ter em mente qual é o valor máximo que se pretende investir na compra e qual será o prazo para quitar essa operação.
Essas considerações iniciais são fundamentais, mas é preciso refletir também sobre as condições de financiamento. Nesse sentido, os critérios mais importantes a serem observados são:
- preço;
- valor de entrada;
- Juros do financiamento;
- perspectiva de valorização do imóvel.
O mercado imobiliário é caracterizado por momentos de altas e baixas nos preços. O valor de venda pode variar bastante dependendo do momento da compra. Em momentos de crise, por exemplo, os preços tendem a ficar mais baixos.
Já durante períodos de boas condições econômicas, com queda de juros e estímulo ao crédito, o valor tende a subir, impulsionado pelo interesse de mais pessoas em comprar a casa própria.
É possível encontrar valores mais em conta na hora de adquirir um imóvel dependendo do contexto econômico. Portanto, vale a pena acompanhar o que está acontecendo nesse mercado antes de fechar uma compra.
Mesmo se encontrar o imóvel dos seus sonhos a um preço mais em conta, você deve prestar atenção a cada detalhe para fazer um bom negócio. Um dos principais cuidados é quanto ao valor que será dado como entrada na hora de financiar um imóvel. Quanto maior ele for, melhor.
Fazer um bom aporte inicial permite financiar um valor menor. Ou seja, você pagará menos juros e menos encargos. Se o valor da entrada for menor, os juros e encargos serão mais pesados.
Outro detalhe importante: quando você financia um imóvel ainda em fase de construção (na planta), o saldo devedor total do seu imóvel é reajustado todo mês de acordo com o índice de inflação da construção civil, o INCC. Assim, além dos juros e encargos do financiamento, o valor devido ainda sofre reajuste de acordo com esse índice.
Para facilitar, um exemplo: imagine que você tenha dado uma entrada de 30% do valor de um imóvel que você financiou. O saldo devedor será, portanto, 70% do valor.
Considerando um imóvel de R$ 100 mil, o valor já pago será de R$ 30 mil, mas ainda restarão R$ 70 mil para serem financiados. O porcentual de reajuste do INCC será aplicado mensalmente sobre o saldo devedor como um todo e não sobre o valor mensal da parcela. aSSIM
Assim, vale a pena financiar um imóvel quando:
- você tem um bom valor para dar como entrada;
- as condições de juros e crédito são vantajosas;
- o valor do imóvel está mais baixo;
- as perspectivas de valorização são boas;
- o prazo de financiamento não é tão longo.
Quando não vale a pena financiar um imóvel?
Há situações em que não vale a pena financiar um imóvel. Isso ocorre quando:
- o valor está elevado;
- não há perspectiva de valorização da propriedade;
- não há condições de dar uma boa entrada;
- os juros estão muito altos;
- quem pretende comprar não tem condições de arcar com o financiamento.
Para facilitar a sua compreensão, veja o exemplo que fizemos no simulador habitacional Caixa. Acompanhe a seguir:
Perfil do comprador:
- trabalhador assalariado;
- 35 anos;
- renda: R$ 7 mil;
- paga aluguel mensal de R$ 2,5 mil.
Características do imóvel a ser financiado:
- imóvel na planta;
- valor: R$ 719 mil;
- localização: Pinheiros (São Paulo/SP).
Características do financiamento:
- entrada de R$ 331 mil;
- valor financiado de R$ 388 mil;
- 420 parcelas mensais;
- taxa de juros ao ano de 11%;
- taxa mensal de administração de R$ 25,00;
- taxa referencial de 0,10%;
- tabela Sistema de Amortização Constante (SAC);
- financiamento pela Caixa Econômica Federal;
- modalidade taxa balcão (sem relacionamento com o banco);
Considerando todas essas informações, a pessoa vai se deparar com as seguintes condições de financiamento:
- valor do imóvel na planta: R$ 719 mil;
- entrada: R$ 331 mil;
- valor financiado: R$ 338 mil;
- prazo: 420 meses;
- valor da primeira parcela: R$ 4.480,48;
- valor da última parcela: R$ 932,28;
- custo efetivo total: 193%;
- preço final do imóvel: R$ 1.136.678,33.
Ao término do financiamento, a pessoa do exemplo acima terá pago R$ 417.678,33 a mais sobre o valor inicial do imóvel. O valor é quase 60% maior do que o preço anunciado!
É importante frisar que esse é possível dar uma entrada maior ou pagar uma parcela mais alta para reduzir o prazo do financiamento. Assim, as condições de pagamento podem ficar mais favoráveis para quem financia.
No entanto, vale observar essas condições e compará-las com outra possibilidade: a de escolher investimentos para alcançar seus objetivos. Vamos conferir?
Montamos um plano de investimentos para visualizar melhor como investir para comprar a casa própria. Vamos considerar o mesmo perfil usado anteriormente:
- 35 anos;
- renda: R$ 7 mil;
- paga aluguel mensal de R$ 2,5 mil;
- pode dar uma entrada de R$ 331 mil;
Cada pessoa tem o seu perfil de investidor e pode tolerar riscos diferentes em seus investimentos, dependendo do prazo em que ela pretende alcançar seu objetivo. Aliás, essas são as principais questões para considerar antes de investir.
Vamos supor que a pessoa do nosso exemplo não tenha pressa em adquirir o seu imóvel e queira ter uma previsibilidade maior do resultado de seus investimentos. Assim, consideramos a Carteira Magnetis 2 em nossa simulação para atingir esse objetivo.
Os parâmetros da simulação ficaram assim:
- Investimento inicial: R$ 331 mil;
- aportes adicionais de R$ 2,5 mil por mês.
Considerando o valor do imóvel na planta (R$ 719 mil), seria possível obtê-lo em quatro (!!!) anos a partir desse investimento, um prazo bem inferior aos 17 anos que o financiamento levaria para ser quitado. E tudo isso mantendo o custo mensal com o aluguel!


Há pessoas que consideram o financiamento uma ferramenta de controle financeiro. Porém, você viu na prática como investir o seu dinheiro é uma prática bem mais vantajosa para você. Mesmo que você pretenda investir em imóveis sem precisar comprar um, existem aplicações financeiras que permitem essa possibilidade e o melhor: não é necessário se endividar para isso.
O mercado imobiliário, é claro, tem momentos de altas e baixas e alguma oportunidade bastante atraente pode aparecer com taxas de juros mais favoráveis. Só que mesmo nessas situações, se você já tiver investido com essa meta, terá ainda mais facilidade para conquistar o que você deseja. Então, por que não começar hoje mesmo a investir nos seus objetivos?
Aqui na Magnetis, nós ajudamos você em sua jornada para encontrar os melhores investimentos. Faça um teste gratuito e monte seu plano de investimentos conosco. É fácil e leva apenas alguns minutos!