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O que é Wealth Gap? Entenda a desigualdade de gênero além dos salários

Quando falamos em finanças pessoais, não há como não pensar na desigualdade salarial entre homens e mulheres. Mas essa é só a ponta do iceberg quando entramos em um assunto ainda mais sério: o chamado Wealth Gap.

De uma maneira geral, Wealth Gap é a desigualdade de renda entre grupos distintos de pessoas. Hoje nós vamos falar mais especificamente do Gender Wealth Gap, ou seja, a diferença do acúmulo de riqueza entre gêneros.

Hoje nós vamos te mostrar algumas simulações para que você entenda a gravidade do Wealth Gap e como isso afeta diretamente a capacidade das mulheres construírem um patrimônio e investirem de maneira adequada para seus perfis.

Contents

Wealth Gap: o que é?

A desigualdade de salários entre homens e mulheres já é um problema muito falado, muito reconhecido mundialmente. Em inglês, esse fenômeno é conhecido como Gender Pay Gap.

Segundo o IBGE, o Brasil também não conseguiu resolver esse problema. Os homens ainda ganham 20,5% a mais que as mulheres. Com esses números, demoraria em torno de 30 anos para equalizarmos os salários.

Existem muitas causas que contribuem para essa desigualdade, mas podemos selecionar alguns desses pontos para comentar. Como:

  • Escolha de profissões: estatísticas apontam que mulheres normalmente escolhem profissões que pagam menos, o que está relacionado também à questões sociais;
  • Maternidade: pela possibilidade de engravidar, por priorizarem a família e outras questões relacionadas à maternidade;
  • Discriminação: infelizmente, mesmo homens e mulheres ocupando o mesmo cargo e funções, o homem ainda ganha mais.
Ouça o Magnetis Cast: reunimos cinco mulheres para discutir suas percepções e vivências sobre Wealth Gap.

Essa questão impacta diretamente a relação das mulheres com investimentos e, consequentemente, sua capacidade em acumular patrimônio. É isso que chamamos de Wealth Gap!

Como as mulheres investem?

Como já vimos anteriormente, as mulheres enfrentam um problema duplo: além de ganharem menos, também investem menos, ou ainda investem fora de um perfil de risco ideal.

Normalmente, as mulheres investem de uma maneira muito mais conservadora que os homens sem motivo algum!

Na verdade, as mulheres têm perfis investidores apropriados para se arriscarem mais, além de terem objetivos de longo prazo, o que também favorece para um cenário mais arrojado e mais propício para acumularem um patrimônio maior.

Nós preparamos uma simulação que mostra os efeitos disso no longo prazo. Mas antes, vamos mostrar alguns dados sobre como as mulheres investem:

Das pessoas que investem no Tesouro Direto, 31% são mulheres. Já na Bolsa de Valores, o número cai: 23% são mulheres.

Dentro da nossa base de clientes Magnetis, os dados também ajudam a ilustrar esse problema estrutural que é a desigualdade de riqueza entre gêneros.

No nosso questionário de investimentos, perguntamos qual a experiência dos nossos clientes com investimentos. As pessoas têm três opções:

  • A) Tenho pouca experiência
  • B) Tenho experiência mediana
  • C) Tenho muita experiência

As mulheres tendem a dizer que têm pouca experiência com investimentos: 56% delas marcaram a opção A. Quando vamos olhar os dados dos homens, 39% dizem a mesma coisa.

Na outra ponta, vemos 5% das mulheres marcando a opção C, em comparação com 12% dos homens.

O segundo dado que puxamos da nossa base, que também mostra esse problema estrutural, é em relação ao perfil de risco das carteiras Magnetis.

As mulheres têm carteiras mais conservadoras do que os homens, ainda que elas tenham objetivos de longo prazo, que são passíveis de investimentos mais moderados ou arrojados.

Aqui na Magnetis nós temos carteiras de 5 perfis de risco. As carteiras 1 e 2 têm perfis mais conservadores. A carteira 3 tem um perfil moderado e é a nossa campeã de vendas. E as carteiras 4 e 5 têm um perfil mais arrojado.

Visto isso, vamos aos dados:

  • 39% das nossas clientes mulheres estão nas carteiras 1 e 2, contra 18% dos homens;
  • 25% das mulheres estão em carteiras 4 e 5, contra 48% dos homens;

É claro que a questão de escolher um perfil de risco envolve informações muito pessoais, mas tem um outro lado, que são os objetivos. Portanto, escolher só carteiras conservadoras quando há objetivos de longo prazo significa deixar dinheiro na mesa!

O Wealth Gap na prática: veja as simulações

As simulações que fizemos ajudam a exemplificar como o Wealth Gap é grave e o tamanho desse problema no longo prazo, principalmente como os investimentos podem ajudar a diminuir a desigualdade de riqueza.

Segundo dados do IBGE, o rendimento mensal médio de mulheres é de R$ 2.050, enquanto o dos homens é de R$ 2.579. Por isso, vamos considerar as seguintes premissas:

Vamos considerar que um homem e uma mulher comecem a investir aos 20 anos de idade com objetivo de se aposentar aos 65 e que a expectativa de vida deles seja de 100 anos. 

Os dois começam com um investimento inicial no valor total do seu salário e seguem com aportes mensais correspondentes a 30% deles.

Porém, considerando as diferenças de perfil de risco encontradas entre homens e mulheres, vamos supor que o homem invista em uma carteira mais arrojada, enquanto a mulher invista em uma carteira moderada. 

Veja o resultado impressionante:

Nesse cenário, o homem chegará aos 65 anos com a possibilidade de renda mensal de R$ 17.531, enquanto a mulher terá um rendimento mensal de apenas R$ 4.495. 

Em uma segunda simulação, consideramos que a mulher também investiu em uma carteira arrojada, com a mesma volatilidade do portfólio simulado inicialmente para o homem. Veja o resultado:

Você pode perceber que, mesmo com as mesmas condições de investimento, o efeito do pay gap nessa simulação é notável: a diferença ainda é significativa, de R$ 3.596 mensais.

Ainda, se ambos tiverem o objetivo de se aposentar ganhando R$ 10 mil por mês, a mulher teria que esperar três anos a mais que o homem, mesmo investindo em uma carteira semelhante.

Nesse mesmo caso, se ela investir de forma mais conservadora, a espera é ainda maior: quase 20 anos a mais para atingir o mesmo patrimônio. 

O que fazer para enfrentar o Wealth Gap?

Para enfrentar o Wealth Gap, o principal a fazer é incentivar as mulheres a buscar mais informação sobre finanças e desenvolver a confiança para tomar conta dos seus investimentos.

Dessa forma, elas não vão investir em ativos conservadores de forma desnecessária e, ao longo do tempo, terão a oportunidade de acumular riqueza de forma mais equilibrada.

Mulher, aprender a lidar com o dinheiro e a começar a investir de forma inteligente é um passo importante para conquistar a independência financeira e ter liberdade para fazer as próprias escolhas!

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, preparamos um curso de investimentos para mulheres. Ele é gratuito e completo, que tem o objetivo de ajudar as mulheres a dar o primeiro passo.

Andressa Siqueira, CFP®

Formada em Economia pela PUC-SP, é especialista em investimentos na Magnetis desde 2019. Possui as certificações CEA pela ANBIMA e de planejadora financeira CFP®, trabalha no mercado financeiro há mais de 8 anos.

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